Cidades

Telefonia lidera reclamações ao Procon em Alagoas

Entretanto, número de queixas ao órgão caiu em 2017, ano em que foram contabilizadas 22.632 contra 32.950 em 2016

Por Lucas França com Tribuna Independente 15/03/2018 08h45
Telefonia lidera reclamações ao Procon em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
De acordo com dados divulgados pela Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor de Alagoas (Procon/AL), as empresas de telecomunicações lideram as reclamações junto ao órgão. O “TOP 10” de empresas mais reclamadas em 2017 são: 1º lugar  vai para Motorola (1.022 reclamações); em 2º a Claro (880) e em 3º a TIM, com 814. Seguido por Araújo e Santos (749); TNL PCS (683); Telemar (682); Caixa Econômica (675); Eletrobras (522); Ricardo Eletro (482) e finalizando a lista, Magazine Luiza (474). O setor das telecomunicações lidera a lista de problemas com consumidores. Em 2016, o setor de telecomunicações também lidera as reclamações. A telefonia Claro S.A aparece em primeiro lugar com 1.297 reclamações. Na segunda posição, figura a Caixa Econômica Federal com 1.253 queixas e em terceira colocação vem a Tim Nordeste S/A, com 1.150 reclamações. Nas outras posições aparecem a TNL PCS S/A, Telemar Norte Leste S/A, Net Serviços de Comunicação S.A, SKY Brasil, Eletrobrás, Banco Itaucard S.A., Banco Bradesco SA, Hipercard Banco Múltiplo, Vivo S.A, Motorola Industrial Ltda, BMG Leasing SA e Nova Pontocom Comercio Eletrônico. No Dia Mundial do Consumidor, que há 35 anos é comemorado em 15 de março, a boa notícia é que caiu o número de registros de reclamações no Procon/AL. Em 2017, foram 22.632 reclamações de consumidores insatisfeitos e em 2016 foram 32.950 atendimentos. E nos primeiros meses de 2018, até agora foram 3.651. Os dados constam no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) e representam 75,8% das reclamações feitas entre os dias 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2016, correspondendo as 10 principais queixas dos consumidores. BRASIL Já um balanço de reclamações divulgados nesta quarta-feira (14), pelo Ministério da Justiça (MJ) registradas no portal da internet consumidor.gov.br, uma ferramenta criada pela pasta para intermediar conflitos entre empresas e consumidores, aponta que aumentou em 63% o número de reclamações registradas no portal em todo o país. Em 2017, o portal recebeu 470.748 queixas, o que representa 48% de todas as reclamações registradas desde que a ferramenta foi criada, em junho de 2014. Segundo o ministério, as empresas que prestam serviço de telecomunicação foram os principais alvos de reclamação dos consumidores no Brasil, seguida por bancos e financeiras. De acordo com os dados divulgados, 80,8% das pessoas que registraram queixas no portal tiveram o problema resolvido em um prazo médio de 6,3 dias. Consumidores não hesitam em acionar a Justiça quando necessário A reportagem da Tribuna Independente foi as ruas do Centro de Maceió ouvir os consumidores e saber deles quais são as maiores reclamações e se já acionaram o  Procon/AL ou outro órgão de defesa do consumidor por causa de problemas em alguma compra. Os entrevistados não precisaram chegar a acionar o órgão, mas disseram não hesitar se for necessário. “Nunca precisei acionar o Procon para reclamar de algum produto ou serviço de forma errada. Mas estou pensando em fazer isso contra a Net, todo mês vem um valor abusivo. Aumentam e não informam o motivo, a gente entra em contato e eles não explicam claramente o porque do valor diferenciado”, reclama a auxiliar de enfermagem Claudete de Assis. “Não foi no Procon porque não precisou. Reclamei na própria empresa. Foi contra a Eletrobras que cobrou um valor muito alto. Entramos em acordo e parcelamos a dívida”, conta a doméstica Marli da Silva. “Graças a Deus ainda não precisei ir entrar na justiça por conta de nada. Mas não hesitaria se fosse necessário. É um direito do cidadão receber um bom serviço”, disse o auxiliar de anatomia e necropsia Antônio Alves da Silva. “Já fiz várias reclamações contra algumas empresas e lojas. Mas sempre reverti à situação. Eles sabiam que estava errado, então resolveram o problema”, explica o aposentado Mário Celestino. ESPECIALISTA O advogado Sergey Costa, especialista Consumerista explica que atualmente apesar do número de reclamações ainda ser grande, os consumidores estão muito mais informados e conscientes dos seus direitos e mais exigentes. “Isso se dá por conta da ascensão social do cidadão. Trata-se de um consumidor com muito mais acesso a informações e, por isto, mais antenado em relação à qualidade dos produtos, dos serviços, atendimento etc. Vivemos na era dá informação. As mídias sociais estão aí e a cada dia que passa as pessoas estão mais conectadas. Além do mais, o Procon vem divulgando constantemente sobre os direitos do cidadão consumidor e junto a isto, vem o aumento dá quantidade de advogados  lutando pelos direitos do cidadão lesado. Também, conforme elenca o inciso XXXII, art. 5 da CF, o Estado promoverá na forma dá lei a defesa do consumidor, seguindo a mencionada norma legal, as defensorias públicas quase sempre tem feito multidões no sentido de esclarecer e buscar o direito dos consumidores”, explicou o advogado.