Cidades

Gordinho do Acordeon promete agitar o São João de Alagoas

Músico detalha seu novo projeto musical

Por Rívison Batista com Tribuna Independente 27/02/2018 08h27
Gordinho do Acordeon promete agitar o São João de Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
O Carnaval acabou e a próxima grande festa popular brasileira é o São João, no mês de junho. Atentando para o forró, que vai dominar as festas daqui a quatro meses, o TH Entrevista desta semana conversou com o jovem músico André Luiz Teixeira, conhecido como Gordinho do Acordeon. Com apenas 21 anos de idade, o músico é uma revelação no cenário forrozeiro de Alagoas. Gordinho do Acordeon afirma que a agenda de shows segue durante o ano inteiro, porém o melhor mês para o forró é junho. “No São João passado, fizemos 27 shows. Tocamos do dia 27 de maio até o dia 7 de julho. Eu digo que São João é melhor do que o Carnaval, porque o Carnaval é uma semana, já o São João é o mês todo”, diz o artista. O artista diz que, neste ano, o foco é o novo projeto, que compreende todos os estilos de forró. “É algo diferente. Mesclamos vários gêneros. Procuramos agradar do mais novo até o mais velho”, afirma. O cantor diz que tem músicas próprias e que, ainda em 2018, pretende lançar o clipe da música “Chora, coitada”. “É uma história baseada em fatos reais de um amigo meu que foi para balada e não deu muito certo com uma menina”, diz. O sanfoneiro começou, neste ano, o novo projeto musical, porém o músico já chama a atenção há algum tempo no cenário musical alagoano. “Quero buscar coisas diferentes para o cenário de Alagoas”, comenta o cantor. O jovem músico afirma que sempre gostou da musicalidade nordestina e, desde cedo, era influenciado pelos pais, que lhe presenteavam com vários instrumentos. “Meu pai é do interior de Alagoas, da cidade de Quebrangulo. De lá vieram nomes como Mano Walter e Geraldo Cardoso, por exemplo. Sempre gostei do forró. Quando eu tinha 16 anos, eu tive a ideia de pedir uma sanfona ao meu pai, só que ele e minha mãe já tinham me dado vários instrumentos. Me deram cavaquinho, teclado, e eu nunca toquei nada. Quando eu pedi a sanfona, meu pai me perguntou se eu ia tocar mesmo, e eu disse que ia tocar”, lembrou o artista. Desde então, o acordeon acompanha o músico e tornou-se sua paixão. O artista diz que, no início, teve aulas com um dos mestres sanfoneiros de Alagoas, Lula Sabiá, que mostrou a Gordinho “tudo que a sanfona tinha”. Foram quatro anos de aprendizado com o sanfoneiro e, no segundo ano de aulas, já subia nos palcos alagoanos para tocar. Depois do período de aulas com Lula Sabiá, o artista comenta que teve a ideia de formar, com amigos, o próprio projeto. “E assim surgiu o Gordinho do Acordeon. O nome pegou”, diz. O músico afirma que não se prende unicamente a cantar o forró pé-de-serra, mas sim todos os estilos de forró. “Eu não especifico. Eu não digo ‘eu toco xote’ ou ‘eu toco baião’, eu toco simplesmente forró”, comenta. O artista declara que viver da música, atualmente, é difícil. “Penso que é mais difícil do que ser jogador de futebol. Sempre tem alguém tentando passar você para trás. Mas você tem que confiar em você. Tem que pegar pessoas da sua confiança para trabalhar com você, que nem os meninos que tocam comigo. A gente tem uma relação de confiança e amizade. E a gente confia no nosso trabalho”, afirma.   Assista à entrevista na íntegra: https://youtu.be/WBfjzFcFGbg