Cidades

Uncisal: novo resultado deve sair nesta quinta (25)

Inconformados, candidatos acionam o Ministério Público Estadual para apurar responsabilidades sobre anulação

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 24/01/2018 07h56
Uncisal: novo resultado deve sair nesta quinta (25)
Reprodução - Foto: Assessoria
Em mais um capítulo da polêmica envolvendo o resultado do vestibular, a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e o Instituto AOCP, organizador do certame, divulgaram que uma nova lista de aprovados deve ser divulgada amanhã (25). A reitoria da Universidade havia divulgado em coletiva na segunda-feira (22) que o Instituto AOCP se posicionaria sobre o ocorrido. Em nota, a empresa organizadora lamenta o episódio e afirma que “a publicação indevida é decorrente de um erro na programação do sistema”. De acordo com o Instituto, a nova divulgação ocorrerá “de forma clara e objetiva explicitando a correta pontuação de cada candidato”. A Uncisal também se manifestou por meio de nota, onde afirma que aguardará o novo resultado para se posicionar sobre o assunto. A entidade também fala em “análise criteriosa” acerca dos novos resultados. Conforme nota, na íntegra: “Após nota publicada pelo Instituto AOCP nesta terça-feira sobre o novo prazo de divulgação do resultado do vestibular 2018, a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) informa que aguardará até quinta-feira para se posicionar sobre a finalização do processo seletivo. De acordo com a Reitoria da Uncisal, está sendo cobrada uma análise criteriosa sobre os dados colhidos e a total transparência na divulgação dos resultados. A gestão da Uncisal  se solidariza com candidatos e familiares e ratifica seu empenho para que tudo seja esclarecido o mais rápido possível”, esclarece a Uncisal por meio de assessoria de comunicação. Em contrapartida, uma comissão de candidatos procurou na manhã de ontem (23) o Ministério Público Estadual (MPE-AL) afim de que o órgão se posicione e apure as responsabilidades no imbróglio do processo seletivo. Acerca disso, o MPE informou que a coordenadora das Promotorias da Fazenda Pública Estadual, Norma Medeiros, recebeu candidatos aprovados e os que ficaram de fora mesmo com notas maiores, além de seus respectivos advogados e protocolaram representação. Após os trâmites, será instaurado um procedimento administrativo. “Os estudantes e seus advogados protocolaram uma representação, que será distribuída para um dos promotores da Fazenda Pública Estadual. Do protocolo, tal representação será levada à chefia da instituição, que vai encaminhá-la à coordenação da Fazenda Pública que, por sua vez, fará a distribuição. O promotor que receber a demanda deverá instaurar um procedimento administrativo para apurar as falhas ocorridas na divulgação do resultado do vestibular da Uncisal”, explica o MPE. O CASO A polêmica começou com a divulgação, com atraso, do resultado do vestibular na última sexta-feira (20). Na última segunda-feira (22), os candidatos aprovados foram surpreendidos com a notícia de que o resultado havia sido anulado por erro no cálculo do peso das notas. A notícia causou pânico entre os candidatos que  temem perder as vagas e um princípio de tumulto foi criado. Treze candidatos chegaram a entregar suas documentações para a matrícula, que segundo a Uncisal, não chegou a ser efetivada.   “Candidatos prejudicados podem exigir vagas na Justiça”   Consultada pela reportagem da Tribuna Independente, a advogada Bruna Crisóstomo explica que a partir da divulgação de um novo resultado, os candidatos que porventura venham sair da lista podem acionar a Justiça, tanto para exigir uma vaga na Instituição quanto por danos morais. “Qualquer pessoa que tenha ficado de fora da nova lista pode entrar com ação por danos morais e requerer uma vaga, agora será uma batalha árdua. Juridicamente falando, os candidatos lesados, ou seja, aqueles que constam na primeira lista e que fiquem de fora da nova lista, quando for feito o recálculo por parte do Instituto AOCP, poderão ingressar individualmente com uma ação judicial por danos morais em face da Uncisal. Ademais, já existe informação de que o Ministério Público Estadual irá analisar o caso em debate e defenderá os direitos coletivos dos envolvidos”, destaca a advogada. Crisóstomo argumenta ainda que se após a apuração pelo Ministério Público do Estado de Alagoas for constatada alguma irregularidade o certame poderá ser anulado. “Do mesmo modo se a Uncisal detectar que houve alguma irregularidade após o recálculo, caso prejudique muita gente a própria Reitoria poderá anular o certame e marcar uma nova prova. Mas é claro que terá uma enxurrada de ações contra eles, porque as pessoas que se sentirem prejudicadas poderão ajuizar ação contra a instituição”, pontua Bruna Crisóstomo.