Cidades

Mortandade de peixes pode ter sido causada por falta de oxigênio, diz IMA

IMA diz que resultados apresentados não confirmaram poluição por emissão de efluentes de indústria

Por Texto: Klaus Roger com Agência Alagoas 04/01/2018 17h37
Mortandade de peixes pode ter sido causada por falta de oxigênio, diz IMA
Reprodução - Foto: Assessoria
O Laboratório de Estudo Ambiental do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) concluiu, nesta quinta-feira (4), a análise das coletas sobre o rio Manguaba, após técnicos do Instituto verificarem mortandade de peixes na praia de Porto de Pedras, onde o rio deságua. Segundo Manuel Messias, gerente do laboratório do IMA/AL, os resultados apresentados não confirmaram poluição por emissão de efluentes de indústria. “Foi realizada coleta em três pontos tendo por base uma usina apontada como causa do desequilíbrio pela população, mas os resultados não apresentaram irregularidade no lançamento”, explica. Durante fiscalização realizada pela gerência de monitoramento e fiscalização, junto com a equipe do laboratório, moradores também apontaram fortes chuvas ocorrendo no dia antecedente ao episódio. (Foto: Assessoria do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas) Em contato com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), a equipe confirmou o registro de chuva de aproximadamente 60 milímetros de água nos dias 23 e 24 de dezembro. “A água apresentou desconformidade na turbidez devido ao elevado teor do material de suspensão. A chuva alagou as margens ribeirinhas do Manguaba, o que pode ter carreado bastante sedimento das margens e suspendido outros sedimentos de fundo, causando impacto na bacia hidrográfica”, explicou Manuel Messias. Tal desequilíbrio na bacia pode gerar asfixia nos animais marinhos devido a deficiência de Oxigênio Dissolvido (OD), que de acordo com gerente do laboratório, é uma das causas da mortandade dos peixes. Pollyana Gomes, gerente de monitoramento e fiscalização do órgão, garante que as equipes continuarão monitorando a região para identificar se há ocorrência de novos eventos similares. “Iremos com a equipe do laboratório realizar uma nova coleta no próximo mês, e contamos com o apoio da população para nos comunicar caso verifique alguma diferença no ambiente”, afirmou Pollyana Gomes.