A Cidade de Maria, no município de Craíbas, Agreste do estado, não irá celebrar o tradicional espetáculo sobre o nascimento de Jesus no período natalino por falta de recursos e patrocínios.
Construída em 2006, a Cidade de Maria era um espaço utilizado para a recuperação de dependentes químicos. Com o tempo, muitas caravanas começaram a frequentar as apresentações que iniciaram em 2013 e o local ficou conhecido por ser uma área de penitência, oração e fé.
Segundo o deputado Givaldo Carimbão, responsável pela a administração do local, este ano não conseguiu patrocínios para a montagem, produção e apresentação do espetáculo. “Este ano, não iremos realizar a peça sobre o nascimento de Cristo. Tentamos conseguir patrocínios e recursos, mas como o país está em crise, isso afetou a todos. E eu não tenho como realizar tudo com recursos próprios, porque há um custo alto”, explicou o deputado.
O evento ara apresentado na véspera e no dia de Natal e contava com uma programação que começava às 14h, com apresentações de corais, missa, shows musicais e em seguida o espetáculo.
De acordo com Carimbão, o foco no momento é conseguir recursos para o espetáculo mais tradicional da cidade. “Não iremos ter o de Natal, mas com certeza, iremos realizar o espetáculo principal da Cidade de Maria que a Paixão de Cristo. No momento, este é o foco e já estamos correndo para que dê tudo certo”, ressalta.
HISTÓRIA
São 300 mil metros quadrados projetados para encenações com capacidade para 20 mil pessoas. Considerado o maior complexo teatral ao ar livre do mundo. O espaço é totalmente adaptado com rampas e outras formas de acesso para portadores de necessidades especiais.
A peça que era apresentada todos os anos contava a história do período que antecede o nascimento de Jesus sob o olhar de Maria e José. Eram 12 cenas distribuídas em palcos elevados que narravam o drama do casal em busca de abrigo e acolhida com a vinda do maior símbolo do Cristianismo.
No ano anterior, espetáculo contou com 150 atores em cena e 80 pessoas que formavam a equipe técnica. A peça trazia figurinos, cenários e efeitos de luz e som, que convidavam o público para reviver a história.
A Cidade de Maria tem capacidade para dois mil ônibus, cinco mil carros e 10 mil motos. O espetáculo durava, em média, duas horas.