Cidades

Cor da Estátua da Liberdade é trocada mais uma vez

Coloração verde que gerou polêmica começa a ser substituída por tom de cobre

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 30/11/2017 08h19
Cor da Estátua da Liberdade é trocada mais uma vez
Reprodução - Foto: Assessoria
Cerca de um mês após a Estátua da Liberdade instalada no bairro de Jaraguá ganhar um tom esverdeado, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Semds) iniciou uma nova mudança de tonalidade. Sobre isto, a Semds informou que novos estudos foram realizados, e a nova cor, um tom de cobre, foi definido como a melhor opção. Os serviços seguem até a próxima semana. “A nova coloração da Estátua da Liberdade, situada em Jaraguá, está sendo aplicada dentro do trabalho de limpeza iniciada pela Prefeitura para revitalizar o monumento de ferro fundido. A cor foi definida após consultoria de arquitetos e especialistas que trabalharam na recuperação de outros monumentos da capital”, explicou o órgão por meio de assessoria de comunicação. Quem passa pelo local pode constatar os serviços de retirada da cor verde que gerou polêmica. À época, a reportagem do jornal Tribuna Independente acompanhou a discussão em torno da nova cor. Para alguns, pitoresca. Para outros, de mau gosto. No período, o órgão municipal informou que a cor verde seria temporária e que haveria uma alteração de tonalidade com o tempo. A mudança, ainda segundo a Semds, foi necessária pelo estado de conservação da estátua. “Na avaliação realizada, foram constatadas alterações na escultura, a exemplo de oxidação, manchas escuras e corrosão em decorrência do tempo. A partir do laudo, o trabalho foi dividido em etapas para a realização de serviços para lavar, desincrustar, selar, encerar e polir a peça. Sobre a cor, a escolha foi feita para que o monumento ficasse ainda mais semelhante à peça da qual é réplica, a Estátua da Liberdade de Nova York”, garantiu. De acordo com o historiador Osvaldo Maciel, a  manutenção que modificou a cor original é classificada como ‘desastrosa’. “A intervenção desastrosa, de um verde-choco que nem lembra a estátua de nova Iorque nem a cor de nosso mar, parece servir de metáfora para entendermos que há um processo de deterioração do tecido da sociedade, de decadência da economia nacional e de seu principal produto regional, a usina, prenunciando uma nova etapa de inserção subordinada ainda mais difícil da economia maceioense e alagoana no plano nacional e mundial”, avalia. Ainda segundo Maciel, a rejeição durante a primeira alteração de tonalidade foi crucial para a atual mudança. “O debate público produzido por vários intelectuais fez com que a prefeitura cedesse em relação ao caso”, diz. A Estátua da Liberdade foi instalada em Maceió no ano de 1908. Ela é uma réplica produzida pela Fundição Val d’Osne, a mesma que construiu a majestosa estátua da Liberdade de Nova York, obra de arte do escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi [1834-1904], que também tem uma réplica em Paris, na França.