Cidades

Telefones celulares dominam 89% dos lares em Alagoas

Enquanto isso, uso do telefone fixo é registrado em apenas 10% dos domicílios, segundo a amostragem do IBGE

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 29/11/2017 08h37
Telefones celulares dominam 89% dos lares em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
Em tempos onde o celular é quase unanimidade, o telefone fixo tem perdido cada vez mais espaço nas residências. É o que aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só em Alagoas, 946 mil domicílios ou 89,1% têm aparelhos celulares, contra 113 mil com telefone fixo, ou 10,6% das casas pesquisadas. Em todo o país são quase 64 milhões de residências com telefones celulares, o que representa 92% da amostragem. Enquanto que os telefones fixos chegam a 23 milhões de casas, ou 34,5% do total pesquisado. A reportagem da Tribuna Independente foi às ruas para saber dos alagoanos se a preferência pelo celular realmente ‘caiu no gosto popular’. Emanuel de Andrade, de 34 anos, tem em sua casa são dois aparelhos, um seu e outro da esposa, além de um reserva. Já o fixo, não é cogitado. “Rapaz a gente não vive sem. O uso é diário e, quando quebra, fica o desespero. Inclusive a gente tem três, um meu, outro dela e um reserva, para quando dá defeito a gente usa. A gente coloca o chip e usa”, detalha. Mesmo não sendo fã da tecnologia, Cícera da Silva, de 52 anos, prefere o celular ao telefone fixo. “Eu detesto tecnologia. Até para tirar dinheiro no caixa eletrônico são as minhas filhas que tiram para mim. Eu não gosto de nada disso, tenho porque é o jeito”, afirma. Ela conta que em sua casa, cada morador – são quatro, contando com ela -, tem o seu aparelho celular. “Moram quatro pessoas e eu. Não temos telefone fixo. Eu até já tive, mas deixei de usar. Agora só o celular. O meu é daquele ‘lanterninha’, bem simples, porque eu sou do tempo antigo, não gosto dessas coisas. Mas as minhas filhas, elas têm esse celular [smartphone] e ficam o tempo todo. Eu acho um absurdo, reclamo, brigo, mas elas não desgrudam”, diz.   Mobilidade é apontada como um dos motivos da preferência   Já na casa de Janeide Gomes, de 46 anos, o aparelho celular é de fato a unanimidade. “Eu tenho, meus filhos têm. Eles têm 27 e 19 anos. No meu caso, são dois aparelhos meus, um pessoal e outro do trabalho e um para cada filho. Aí vem aplicativos, o iPad... Trabalho numa empresa de tecnologia e não tem jeito, você acaba ficando muito conectado”, explica. Em relação ao telefone fixo, ela diz que até tem uma linha em casa, no entanto, é praticamente inutilizado. “O telefone fixo existe, mas não usamos. A gente têm por uma questão do pacote de telefonia que coloca,  mas a gente não utiliza ele”, revela. Para o especialista em Tecnologia da Informação, Theo Queiroz, a possibilidade da mobilidade é crucial na preferência pelos aparelhos celulares. “É a questão da mobilidade. Ter o telefone o tempo todo ao alcance, enquanto que o telefone fixo fica parado em casa. O telefone celular hoje em dia, subsititui o computado em tarefas básicas. Então, acaba que muitas pessoas vão precisar disso e terminam substituindo o telefone fixo para as ligações, já que não é mais tão necessário”, analisa. Segundo Queiroz, o uso de vários aparelhos no mesmo domicílio, até mais de um por pessoa, se tornou um hábito. “As pessoas acabaram se acostumando com o uso de mais de um chip, seja porque os celular até pouco tempo não suportavam a opção de dois ou mais chips, seja porque utilizam os aparelhos para atividades pessoais e profissionais. Mas isso acabou se tornando comum, muita gente mantêm o hábito. Às vezes querem aproveitar promoções de operadoras para falar com parentes e amigos”, explica.