Cidades

Em Maceió, 650 mil pessoas não têm acesso a saneamento básico

Dados são da ONG Trata Brasil; em todo o país são 20 milhões de residências sem o serviço

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 28/11/2017 07h56
Em Maceió, 650 mil pessoas não têm acesso a saneamento básico
Reprodução - Foto: Assessoria
Maceió está na 87ª posição na lista das 100 cidades brasileiras pesquisadas pelo Ranking do Saneamento 2017 desenvolvido pelo Instituto Trata Brasil. São apenas 34,97% de cobertura, o que em números absolutos, representa mais de 650 mil pessoas sem acesso ao serviço na capital alagoana no período da pesquisa. A cidade caiu 11 posições em relação ao levantamento anterior, que considera o atendimento à população na rede de saneamento. Entre os anos de 2011 e 2015 houve variação de -0,39% enquanto que a média nacional foi de 5% de crescimento. Considerando as capitais brasileiras, Maceió ocupa a 21ª colocação. No entanto, os índices não são satisfatórios em boa parte das capitaism, apenas sete estão com indicadores acima de 80%. As três melhores são Curitiba (100%), São Paulo (96,34%) e Brasília (91%) de atendimento total da população. Já as três piores são Manaus (10,4%), Macapá (5,44%) e Porto Velho (3,71%). Com dez anos de existência, a Lei n.º 11.445/2007, a chamada Lei do Saneamento Básico dispõe sobre a necessidade de investimentos e marcos regulatórios para a melhora dos indicadores nacionais. Segundo a ONG Trata Brasil foram investidos R$ 19,69 bilhões nas capitais. São foi a cidade com o maior investimento R$ 7,12 bilhões. Em Maceió, os investimentos foram de R$ 84 milhões entre 2011 e 2015, uma média de R$ 16,00 por habitante. Capitais como Vitória com R$ 269,29 e Boa Vista com R$ 249,58 foram as que mais investiram anualmente por habitante. Em todo o país o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que  20,6 milhões de domicílios não possuem rede de esgoto, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Ainda segundo a Pnad, em 29,7% das residências o esgotamento sanitário era por meio de fossa não ligada à rede. A região Nordeste tem 44,3% dos domicílios com esgotamento sanitário ligado à rede geral ou fossa ligada à rede, e 47,7 com fossa não ligada à rede. ÁGUA CANALIZADA Os dados do IBGE em relação à água canalizada indicam a existência do serviço em 7,3 milhões de domicílios brasileiros, sendo 85,8% rede geral de distribuição. Em Maceió, o Instituto Trata Brasil aponta uma cobertura total de 96,6% de água à população. Em quinze municípios dos 100 pesquisados a cobertura é de 100% da população. A média nacional é de 97,2%. Já na região Nordeste a média é de 92% de acordo com o IBGE. DESTINO DO LIXO Outro fator apontado pela PNAD Contínua é o destino do lixo no país. No Nordeste o serviço é realizado em 67,5% dos domicílios pesquisados. Em todo o país o índice chegou a 82,6%, ou 57,2 milhões de domicílios.