Cidades
Em Alagoas, 51% das rodovias federais estão em boas condições
Índice está acima da média nacional de 38,2%
O levantamento anual produzido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que 51% das rodovias federais em Alagoas, as chamadas BR’s, tiveram as condições avaliadas como boas. A média nacional do índice bom é de 38,2%.
Foram 406km considerados em boas condições, outros 105km, ou 13,3%, estão em condições ótimas, segundo o levantamento. Critérios como sinalização, qualidade do pavimento e geometria das vias foram analisados nos 787km pesquisados no estado, nas BR’s 101, 104, 110, 316, 416, 423 e 424.
Em todo o país, a pesquisa constatou piora na qualidade das rodovias. As condições regulares, ruins e péssimas alcançaram o patamar de 61,8% este ano. Na edição anterior, a classificação representou 58,2% no Brasil.
Em Alagoas, os índices estão acima da média nacional. Nas condições de regular a péssimo foram 276km avaliados ou 35,1%, este ano, contra 42,5% no ano passado. Na edição anterior da pesquisa, a classificação péssima não foi contabilizada, já este ano chegou a 2%.
A CNT chama atenção para a falta de investimentos em todo o país, que têm sido reduzidos paulatinamente desde 2011. Segundo o relatório, em 2011 o Governo Federal investiu R$ 11,21 bilhões em infraestrutura rodoviária. Já em 2016 os investimentos caíram para R$ 8,61 bilhões. De janeiro até agora, os investimentos públicos somaram R$ 3,01 bilhões.
O economista Cícero Péricles reforça a importância da qualidade das rodovias para o escoamento no estado por se tratar da única possibilidade de circulação de mercadorias, produção e veículos.
“As estradas são uma peça decisiva para a situação da riqueza. A agricultura, o comércio e todas as atividades, até a mobilidade da população, dependem em alagoas das rodovias. Elas são decisivas porque nós não temos hidrovias nem ferrovias que façam esse papel. A presença da rede viária terrestre é fatal para circulação, para atender o mercado interno e externo. Quanto mais qualidade a estrada tenha, mais possibilidades para a economia ela representa”, destaca.
Segundo ele, as recentes duplicações em Alagoas ajudaram a manter condições aceitáveis de fluxo o que influencia no fator econômico do estado, que depende, sobretudo, do escoamento em trechos federais.
“A capilaridade é importante no transporte terrestre. Quanto mais estradas tiver, melhor. O segundo ponto é a preservação, que envolve os riscos de batidas, acidentes e quebras de carro, e o terceiro, quanto mais congestionado tiver, pior o trânsito. Portanto a qualidade da estrada se mede dessa forma para a nossa economia. E uma economia pobre e reduzida como a nossa, onde o Estado tem poucas opções e instrumentos, as estradas federais assumem um papel ainda mais importante. Nós dependemos muito da questão federal”, aponta o economista.
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