As barracas da Praia do Francês foram demolidas nessa quarta-feira (1º) pela Prefeitura de Marechal Deodoro. A ação foi coordenada pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Ao todo, 13 barracas foram inutilizadas e a limpeza e organização do local está prevista para terminar no sábado (4). O projeto de reurbanização da área foi orçado em R$ 5 milhões.

Após anos de um imbróglio judicial envolvendo a SPU, Prefeitura e comerciantes, um Termo de Ajustamento de Conduto (TAC) firmado em março deste ano pôs fim às discussões. Com a demolição, a área passará por um processo de reurbanização que envolve construção de nove quiosques padronizados e área de lazer.

De acordo com o superintendente de Patrimônio da União em alagoas, Victor Braga, o Governo Federal atua na parte de demolição e organização, mas o recurso foi viabilizado pela Prefeitura de Marechal prefeitura, conseguido com o Ministério do Turismo (MTur).

“A princípio a gente vai limpar a área e, tão logo o recurso seja liberado, vão começar as obras de reurbanização e construção de novas barracas. Num cenário bem próximo, já tá tudo bem adiantado, recurso liberado. Só está faltando a parte de licitação e contrato para a obra começar”, explica.

Ainda segundo Braga, a padronização modernizará a orla. “As barracas que foram demolidas eram grandes demais, num modelo arcaico, tirava a visão e a ventilação da praia. As novas vão ser menos, apenas 9, e menores. De eucalipto tratado, mais baixas, sem sombrear a praia, respeitando a visibilidade. É outro padrão de construção. Não só as barracas, a orla como um todo vai ter paisagismo, jardins, chuveirões, campo de futevôlei”, diz.

A expectativa é de que as obras da nova estrutura sejam iniciadas após o Carnaval. O secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Marechal Deodoro, Lininho Novais, explica que parte dos recursos já foram empenhados.

“O projeto em si custa R$ 5 milhões. Já foram empenhados R$ 3,5 milhões e o prefeito vai na próxima semana à Brasília para, junto à Bancada Federal, empenhar R$ 1,5 milhão. Logo após o Carnaval, nós vamos licitar”, destaca.

Em relação ao impacto econômico, Novais explica que haverá um cadastramento para uma parte dos comerciantes retirados do local que desejam atuar como ambulantes.

“Nós temos um grupo que já havia se precavido e já montaram estruturas nas proximidades e irão absorver alguns trabalhadores de outras barracas. Outros vão virar ambulantes. A Secretaria de Planejamento já fez a lei referente aos ambulantes, convocando para organizar e vai ser ampliada a fiscalização”.

A Prefeitura também irá inaugurar um espaço gourmet, que, segundo o órgão, é outro espaço destinado à gastronomia do local.

Para Victor Braga, os impactos já vinham sendo discutidos e os prejuízos serão mínimos para a atividade comercial na Praia do Francês.

“Como foi uma questão muito discutida e gerida, foram feitos alguns paliativos. Alguns dos proprietários construíram restaurantes do outro lado da rua. E alguns ficarão como ambulantes devidamente cadastrados pelos órgãos competentes. Se houver algum tipo de prejuízo será mínimo. A meu ver foi tudo suprido até que comecem as obras”, diz Braga.