Cidades

Seminário discute desafios para erradicar trabalho infantil e exploração sexual

Rede de Atendimento promove evento em comemoração aos 27 anos do ECA

22/09/2017 12h11
Seminário discute desafios para erradicar trabalho infantil e exploração sexual
Reprodução - Foto: Assessoria

Cerca de 500 conselheiros tutelares do Estado de Alagoas estão reunidos desde a última quinta-feira, no I Seminário de Formação para Profissionais que Integram a Rede de Atendimento a Criança e ao Adolescente em Alagoas, com o tema “ECA: 27 anos depois”. O encontro que se encerra nesta sexta-feira (22), ocorre no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro Jaraguá, em Maceió.

Um dos principais desafios citados é erradicar o trabalho infantil, bem como o abuso e exploração de menores. Segundo o diretor de comunicação da associação dos conselheiros e ex-conselheiros tutelares de Alagoas (Acectal), Cacá Martins, a formação é continuada, haja vista, que, não seja suficiente se ter apenas um conselheiro, mas sim, toda a rede de proteção afinada com políticas eficientes, para assim ganhar novos rumos.

Em Alagoas, são 116 Conselhos Tutelares, em Maceió são dez conselhos funcionando com o apoio da Prefeitura, e 50 conselheiros regionalizados nos bairros da capital.

De acordo com o diretor de comunicação, os problemas mais recorrentes estão no ambiente familiar com a sua desestruturação e situação financeira, além e principalmente à falta de atenção e respeito aos filhos.

“Negligência, maus tratos, exploração infanto-juvenil e estupro são os principais complicadores do seio familiar. Há também uma extensão dessas consequências na escola, mapeadas pelo tráfico de drogas, onde crianças e adolescentes são usados para entregar ou até comercializar o entorpecente”, frisou.

Conforme Martins, os bairros de maior incidência continuam na periferia, para se ter uma ideia, no Complexo Habitacional Benedito Bentes, são dois Conselhos Tutelares e já se estuda a possibilidade do terceiro, tendo em vista que a demanda não comporta a dimensão.

Ele finalizou ressaltando que há casos em que, crianças a partir de 9 anos de idade se envolvendo com crimes e exploração sexual, ainda por cima com a conivência familiar. A gravidez na adolescência também tem sido uma constante.       

 O evento reuniu promotores de Justiça, representantes dos Poderes Judiciário e Legislativo, da Procuradoria Regional do Trabalho (PRT), do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), Prefeitura de Maceió, conselhos municipais, além de outras instituições e entidades.