Cidades

Feira da Reforma Agrária reúne 180 camponeses na Praça da Faculdade

18ª edição teve início na quarta e segue até sábado na Praça da Faculdade com a comercialização de alimentos de várias regiões

Por Tribuna Independente 07/09/2017 08h58
Feira da Reforma Agrária reúne 180 camponeses na Praça da Faculdade
Reprodução - Foto: Assessoria

A diversidade da produção de alimentos saudáveis de acampamentos e assentamentos chega a toneladas na Praça da Faculdade, no bairro do Prado em Maceió. Os alimentos são produzidos por cerca de 180 produtores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de todas as regiões de Alagoas.

A 18ª da Feira da Reforma Agrária começou nessa quarta-feira (6) e segue até o próximo o sábado (9) com a comercialização da produção in natura e agroindustrial, além da culinária da terra e do Festival de Cultura Popular. Quem chega à feira encontra inhame, abóbora, uma diversidade de feijões, animais de pequeno porte, produtos industrial como a macaxeira a vácuo e outros.

O produtor Silvan Bruno veio do assentamento Nova Esperança, que fica em Olho D’água do Casado. Ele trouxe abóboras, feijão, limão e outros produtos. Segundo ele, a procura já começou, mas ainda timidamente. “A procura ainda é pouca. Hoje é só o primeiro dia. Ainda estamos terminando de montar tudo, mais de hoje [quarta-feira] por diante melhora. Aqui tenho produtos a parir de R$ 8, cinco limões por R$ 1, dois litros de feijão por R$ 5 e assim vai variando”, comenta o produtor.

José Carlos e Diana Maria da Silva também vieram de longe comercializar seus produtos. Para eles, a expectativa de venda são as melhores. “Viemos do Assentamento Fio da Terra em Joaquim Gomes e a nossa expectativa de venda são as melhores. O pessoal já está passando por aqui avaliando os preços. Tem gente que reclama, acha caro, mas acaba levando por entender que são produtos saudáveis sem veneno algum”, explicou os produtores.

José Roberto, membro da direção nacional do MST, disse que na feira pode ser encontrados produtos livres de agrotóxicos, cultivados desde o Alto Sertão ao Litoral. “A importância da feira é divulgar a produção camponesa para a população, além de buscar apoio para mais crédito das atividades do movimento. A feira também é parte da nossa luta de conscientização da importância da reforma agrária”, ressaltou.

A contadora Goretti Cavalcante Pessoa estava passando pelo bairro e já aproveitou para levar alguns produtos. “A feira é ótima. Venho todo ano. Acho os preços dentro da meta. Até porque são produtos naturais, orgânicos e, além disso, tem toda a história dos produtores, suas lutas, suas conquistas. Vale muito a pena. Compro tudo que dá para comprar e assim valorizo também o trabalho deles”, ressaltou.

CULTURA

Para acompanhar essa fartura vinda das roças, a celebração tem que ser à altura e os clientes serão recebidos todos os dias a partir das 17h com muita música, rodas de capoeira, feira literária, culinária típica das diferentes regiões do estado, encontros de quadrilhas, dança, grupos afros e o melhor, tudo de graça.

O evento, organizado pelo MST recebe nomes já consagrados. Todas as noites, a população pode participar dos festejos que trazem atrações como Geraldo Cardoso, Anderson Fidelis, Caçuá e o músico Siba.