Um seguro específico para usuários está sendo um diferencial importante nos serviços oferecidos pela Cooperativa de Transporte Complementar Intermunicipal de Passageiros (Coopervan), que atua há 10 anos no Estado de Alagoas.

Além do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), a cooperativa amplia os direitos dos usuários do sistema com a implantação do Seguro de Acidentes Pessoais de Passageiros (APP).

Nos casos de acidentes com morte ou invalidez permanente, os usuários da Coopervan terão, a partir de agora, essa modalidade de seguro comercializada juntamente com o seguro de automóveis, garantindo cobertura para todos os ocupantes do veículo amparado.

O presidente da Coopervan, Marcondes Prudente, explica que o Seguro APP prevê indenização em acidentes onde haja morte ou invalidez (total ou parcial), além de outros demais riscos causados única e exclusivamente de forma acidental.

“Trabalhamos com os cuidados necessários para oferecer segurança e conforto durante a viagem, mas acidentes acontecem e devemos estar preparados para amparar os familiares dos nossos cooperados e passageiros de vans e micro-ônibus”, argumenta.

Ainda de acordo com o presidente da Coopervan, que conta atualmente com 400 cooperados, as indenizações do seguro complementar com cobertura para acidentes pessoais de passageiros são baseadas a partir de uma tabela específica, para os tipos de invalidez que podem ocorrer em acidentes, e que podem chegar ao valor de R$ 10 mil, além da garantia do Seguro DPVAT.

Serviço traz mais qualidade e segurança

Marcondes Prudente revela que com o DPVAT não há necessidade de contrato para a vítima ou a família receber o seguro.

No caso do APP, é opcional e deve ser feito um contrato que já foi firmado pela cooperativa e a empresa seguradora.

“A gente sabe que o governo e a Arsal estão preocupados com a qualidade dos serviços e a segurança da população, e por conta disso decidimos oferecer o novo serviço”, acrescenta Marcondes Prudente, revelando que a apólice de seguro de responsabilidade civil está em sintonia com o Decreto 8.245/2010 e a Resolução nº 15/2016 do Regulamento Unificado do Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros.

Ainda de acordo com o presidente da Coopervan, o valor da passagem intermunicipal não foi reajustado por conta do novo serviço, e o preço permanece inalterado.

Ele disse que a cooperativa paga, anualmente, o valor de R$ 150 reais para cada cooperado para ter o direito ao Seguro APP.

“Trabalhamos em parceria com a Arsal, para que o serviço seja cada vez mais eficiente e seguro. E não queremos que haja necessidade de algum usuário ter que solicitar o seguro, mas, se houver necessidade, a pessoa ou a família terá direito aos dois seguros, dependendo de cada situação”, completou Marcondes Prudente.

Motorista adere à cobertura adicional para usuários

Na profissão há 19 anos, o motorista de transporte complementar Zacarias Luiz da Silva, 64 anos, abraçou a ideia da cooperativa na adesão ao seguro complementar para os usuários do sistema.

Seu Zacarias transporta, diariamente, passageiros entre as cidades de Arapiraca e Palmeira dos Índios, adiantando que o valor da passagem custa R$ 9 reais.

“Outros prestadores de serviços apresentam um valor adicional do usuário no momento da compra do bilhete, e nós não estamos cobrando nada além do valor da passagem”, esclarece o motorista.

O corretor de seguros José Ronaldo Silva salienta que a sociedade deve estar sempre atenta para a importância social da contratação de um seguro, principalmente para as  mais variadas atividades do setor produtivo e de serviços, com extensão para os  usuários e suas respectivas famílias.

José Ronaldo explica que o seguro DPVAT é obrigatório, e paga um valor máximo de indenização de R$ 13 mil e 500 reais por morte e invalidez por acidente, um valor que, segundo ele, ainda é insuficiente para proteger os beneficiários dos vários problemas financeiros que ocorre em caso de acidentes.

No caso do seguro APP, acrescenta o profissional, a apólice funciona como um complemento da indenização para as vítimas ou beneficiários que recebem primeiramente o DPVAT, por se tratar de um seguro de primeiro risco.

“Com a adesão ao seguro adicional, o beneficiário aciona a empresa contratada para complementar a indenização e dirimir os problemas sociais e financeiros causados por conta do baixo valor das indenizações oferecidas pelo Seguro DPVAT”, observa José Ronaldo.

A dona de casa Genilda Costa da Silva, de 60 anos de idade, mãe de dois filhos e avó de uma netinha menor de idade, revela que é usuária do serviço de transporte complementar há muito tempo.

“Sempre utilizo as vans aqui nas minhas viagens. Vejo que estão melhorando. porque no passado era muito ruim. Os motoristas não respeitavam os nossos direitos e a gente viajava

parecendo mercadoria. É muito bom saber que estão melhorando e oferecendo agora esse serviço pensando na segurança da gente e da nossa família que fica em casa aguardando a nossa volta”, declarou a dona de casa.