A falta de funcionários principalmente de carteiros tem provocado atraso na entrega de cartas e encomendas dos Correios em cidades de Alagoas e em alguns bairros da capital. A informação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Alagoas (Sintect-AL), Altannes  Holanda.

De acordo com o Sintect-AL, existe no estado um déficit de 90 carteiros, e por isso, cidades do interior estão sendo prejudicada nas entregas que muitas vezes chegam com alguns dias de atrasos nas residências.

“Em muitas cidades e até mesmo em alguns bairros, os carteiros precisam alternar para dar conta do trabalho. Saíram mais de 200 trabalhadores incluindo carteiros, trabalhadores do setor administrativo e outros setores na adesão ao Programa de Desligamento Incentivado promovido pela empresa, dentre outros motivos. Isso acumulou serviço”, explicou Altannes.

O Sintect-AL ressalta ainda que a empresa não contrata funcionários concursados desde 2011, quando foi realizado o último concurso. “E, durante esse período, os trabalhos só aumentaram. É muita encomenda para ser entregue”, expôs.

Porém, a Superintendência Estadual dos Correios em Alagoas confirma a redução no número de funcionários, mas disse que “no tocante à distribuição de correspondência, as atividades segue realizada diariamente, salvo em condições pontuais e excepcionais, onde há registro de ausências temporárias de funcionários, seja devido a licenças médicas ou carga padrão de férias, por exemplo. Nesses casos, analisa-se o remanejamento de carteiros de outras unidades para apoiar na entrega dos objetos ou utilizam-se formas alternativas para a concretização da distribuição (como utilização de mutirão, apoio da área administrativa, aplicação de horas extras, trabalhos nos fins de semana, etc) de modo que a sociedade não fique desassistida do serviço postal”, informou.

Segundo a Superintendência Estadual, atualmente os Correios em Alagoas atua com cerca de 1.200 funcionários, destes 624 são carteiros. “Houve uma redução natural no número de empregados, em virtude de diversos fatores: colaboradores passam em outros concursos, adesão ao Programa de Desligamento Incentivado promovido pela empresa, dentre outros. O último concurso foi realizado nacionalmente em 2011 para reposição de empregados e contou com a contratação de mais de 20 mil trabalhadores em todo o país”, informa a nota.

A assessoria de comunicação dos Correios em Alagoas disse que não há uma listagem oficial de bairros com redução no ritmo da entrega, “uma vez que os casos de ausências registradas são temporárias, como já destacado, e estamos suscetíveis a um incremento ou redução do número de colaboradores periodicamente. Um planejamento de distribuição domiciliar de correspondências e o monitoramento da qualidade operacional são efetuados semanalmente em cada uma de nossas unidades”, ressalta.

Em alguns bairros de Maceió, moradores dizem que encomendas chegam no prazo

A equipe de reportagem percorreu algumas ruas de alguns bairros da capital (parte alta e baixa) e confirmou que as entregas estão sendo feitas regularmente e não há reclamação de moradores. Alguns dos ouvidos pela equipe disseram que quando tem atrasos é de dois a três dias, mas não costuma ser com frequência.

“As nossas encomendas, como cartas e documentos que recebemos chega normalmente. Aqui no bairro creio eu que não há reclamação em relação a isso”, disseram as donas de casa Elisabete Verçosa e Claudete Araújo, moradoras do bairro Ponta Grossa.

Na parte alta de Maceió, as entrega parecem que também estão sendo feitas com regularidade. “O atraso que tem é pouco. Geralmente não são muitos dias. Às vezes passa uns 10 á 15 dias. Mas sempre é entregue. Acredito que quando acontece deve ser por outros motivos”, contou Jaudinete Santos.