O Ministério das Cidades aprovou na terça-feira (25) a emissão da Carteira Nacional de Habilitação Eletrônica (CNH-e). O documento tem o mesmo valor da versão impressa, mas com a possibilidade de ser apresentada por meio de aplicativo em smartphones. A aprovação da emissão eletrônica foi feita durante reunião do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e deve entrar em vigor em fevereiro de 2018.

O formato digital terá validade por meio de assinatura com certificado digital do emissor ou com a leitura do QRCode. Os agentes de trânsito também poderão consultar a situação do veículo e do condutor no aplicativo, que ainda está em fase de testes. Apesar da novidade, a CNH impressa vai continuar valendo normalmente.

Apesar de entrar em vigor apenas no ano que vem a novidade já agrada os motoristas.

“Essa ideia é muito boa. Porque se a gente esquecer a impressa em casa, temos como mostrar via aplicativo, caso sejamos parados em blitz. Vai evitar transtornos e horas de explicação para os agentes fiscalizadores. Agora por outro lado para quem está irregular será ruim, porque os agentes terão acesso a todos os dados e saberão quem está com a documentação errada. Mas, no geral vai ser bom para todos”, disse o taxista Cicero Gomes.

“Todo o avanço é importante. E nesse caso é para termos mais segurança. Nós motoristas seremos beneficiado com isso”, comentou o condutor Idenor Vieira Guimarães, que ressaltou ainda que apesar de ser um avanço pode trazer consequências. “Agora a fiscalização deve ser redobrada. No entanto, sempre existiu fraude e vai continuar tentando. Então, deve haver rigor nas fiscalizações”, completou.

FISCALIZAÇÃO

Para o comandante do Batalhão de Trânsito (BPTran), Major Felipe Lins, o que for para facilitar os trabalhos e melhorar as fiscalizações é bem vindo. “Mas acho que isso terá muitas fraudes por conta das facilidades que as pessoas terão em burlar os mecanismos. O importante, é que o agente de trânsito tenha também uma ferramenta na hora para consultar caso contrário, poderá ficar na dependência do condutor”, ressaltou.

O assessor técnico de Trânsito da SMTT, Wanderson Freitas disse que o aplicativo ainda não é uma ferramenta totalmente eficaz. “O que foi divulgado no momento, é que o condutor terá que apresentar aos agentes. Mas, ai como terão o acesso às informações para saber se de fato aquela CHN é do condutor mesmo? É um projeto que deve ser bem analisado antes de ser colocado em prática, pois pode ter muitas fraudes.”