Cidades

Protesto no Centro marca início da greve da educação em Maceió

Categoria decidiu entrar em greve durante assembleia realizada no dia 17 de julho

Por Assessoria 24/07/2017 15h56
Protesto no Centro marca início da greve da educação em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria

Nesta segunda (24), no primeiro dia da greve dos trabalhadores em educação da rede pública municipal de Maceió, o Sinteal organizou com a categoria um ato público no centro da cidade, com panfletagem e caminhada.

Ainda na concentração, que ocorreu na Praça Deodoro, Consuelo Correia, presidenta do Sinteal recebeu em mãos duas notificações: uma informando que a greve foi considerada “ilegal” pela Justiça e que deve ser encerrada, sob pena de multa diária, e a segunda notificação proibindo a manifestação em prédios públicos. Consuelo abriu as atividades com um discurso, no qual comunicou a decisão, criticou o gestor e a decisão da Justiça. “Ilegal é o prefeito não cumprir a lei do piso!”, disse ela. Em seguida comunicou que será realizada uma assembleia geral nesta terça-feira (25), na sede do Sinteal, onde serão decididos os encaminhamentos de continuidade ou não da greve.

Mesmo com a solicitação do pedido de ilegalidade da greve, a categoria demonstrou resistência e repúdio à atitude do gestor, indo para as ruas do centro da cidade para fazer um protesto contra o reajuste zero e contra toda política nefasta do Executivo municipal.

O protesto saiu em caminhada pelas ruas do centro de Maceió, fazendo a primeira parada na Praça dos Palmares, próximo da Secretaria Municipal de Gestão, onde ocupou a rua e bloqueou o trânsito por algum tempo. Depois seguiu até a Praça D. Pedro II (Pça da Assembleia Legislativa), onde foi encerrado o ato deste final da manhã. “Nós somos resistência. Somos trabalhadoras/es da educação, estamos lutando por direitos já conquistados, garantidos na lei. Tentamos o diálogo por mais de seis meses, mas o prefeito só entende a linguagem da greve”, explicou Consuelo.

Além de trabalhadoras/es em educação, o protesto contou com a participação de representantes de outras categorias de servidores públicos municipais, e de mães e pais de alunos/as, que reconhecem a importância da luta.

Girlene Lázaro, da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), denunciou problemas que as escolas estão enfrentando por culpa da irresponsabilidade de gestão municipal. “Tem escola com mais de 12 turmas sem professores! Escolas que liberam as crianças mais cedo porque não tem merenda, por falta de merendeira. É esse o tratamento que a gestão Rui Palmeira dá para a educação”, disse ela.

A categoria decidiu entrar em greve durante assembleia realizada no dia 17 de julho, na sede do Sinteal. Foram cumpridas às 72 horas previstas por lei, e as/os trabalhadoras e o Sinteal passaram a última semana dialogando com a comunidade e divulgando amplamente sobre a greve e suas razões. Notícias na imprensa, carro de som circulando na rua, cartazes nas escolas, e o diálogo direto na escola, garantiram que a greve fosse comunicada a todas/os. Também ficou estabelecido pela categoria, que serão mantidas 30% das escolas em funcionamento.