O jornalista e escritor Joaldo Cavalcante levou uma verdadeira multidão ao Restaurante Anamá, no bairro da Ponta Verde, em Maceió, para o lançamento do livro ’17 de julho: a gameleira, as lembranças e a história decidida à bala’. O evento aconteceu na noite desta segunda-feira (17), data em que, há 20 anos, o Estado de Alagoas estampava as principais manchetes pelo País com a manifestação popular que culminou na renúncia do então governador Divaldo Suruagy.

Segundo o autor do livro, o sentimento, nesta segunda, é de missão cumprida. “Consegui oferecer à sociedade e à opinião pública uma contribuição ao resgate da história. Eu espero que possamos atingir o objetivo e que este produto, esta pesquisa, esta reconstituição jornalística sirva para que as novas gerações tenham acesso a um período que todos nós desejamos que nunca mais se repita”, afirmou Joaldo Cavalcante à reportagem da Tribuna.

O evento conseguiu reunir grandes personalidades da política alagoana. Entre os convidados presentes, estavam nomes como o ex-governador Teotonio Vilela e o senador alagoano Renan Calheiros. O senador pegou um exemplar do livro e já folheava algumas páginas enquanto esperava na longa fila para receber a dedicatória de Joaldo Cavalcante.

“A atitude do Joaldo de escrever um livro sobre este episódio político relevante da história é muito significativa sob todos os aspectos: político, histórico e literário. Eu queria parabenizá-lo pela iniciativa”, disse o senador à reportagem.

O prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cézar, também se encontrava no Anamá, e comentou sobre o ’17 de julho’ e o lançamento do livro de Joaldo Cavalcante. “Alagoas tem dois momentos para as gerações mais jovens: Antes do 17 de julho [de 1997] e depois do 17 de julho. Naquela época, a população alagoana mostrou o quanto é forte. Eu estava próximo ao que aconteceu e sou testemunha da história. A pressão foi tanta que o governador fez, a punho, uma carta de renúncia. Joaldo foi muito feliz com este livro, devo parabenizá-lo”, afirmou o prefeito.

Júlio Cézar comentou também que convidou Joaldo Cavalcante para relançar o livro na primeira feira literária de Palmeira dos Índios, que, de acordo com o prefeito, deve acontecer em outubro deste ano. No evento, o jornalista, além de relançar a publicação, também deverá dar uma palestra sobre o tema.

Entre os muitos jornalistas presentes no restaurante, estava o assessor de comunicação da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, Antônio Noya. O assessor disse que o lançamento do livro de Joaldo representa um resgate do governo de Divaldo Suruagy. “Foi um período difícil para o povo alagoano, principalmente financeiramente. O Joaldo, com inteligência, soube transferir tudo o que foi vivido para este livro”, afirmou.

Leia mais: Revolta, tiros e a queda de um gigante: 20 anos do dia que abalou Alagoas