Cidades

Entidades cobram resposta por assassinato de travesti

LGBT informou que Alagoas contabiliza 19 mortes de travestis e transexuais apenas este ano

29/06/2017 09h57
Entidades cobram resposta por assassinato de travesti
Reprodução - Foto: Assessoria

A morte da travesti Carla, no dia dedicado ao orgulho LGBTI, 28 de junho, marca a 19ª vítima de crimes contra o público, segundo o Conselho Municipal de Direitos LGBT.

Para o presidente da Comissão de Defesa das Minorias, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL), Alberto Jorge, existe uma preocupação em torno do caso para que o crime seja elucidado e os responsáveis identificados.

“Cobraremos a apuração do delegado responsável, bem como iremos acompanhar todo o inquérito policial, porque entendemos que esse crime não pode ficar impune. É mais um cri-me homofóbico em Alagoas, com requintes de crueldade. Realmente mostrando que ainda existem pessoas com essa prática homofóbica que assassinam pessoa por conta da opção sexual. Estamos muitos preocupados com essa situação. Nós vamos exigir que esse fato seja devidamente apurado”, afirma Alberto Jorge.

 José Carlos Viana ou Carla, como a travesti era conhecida, foi agredida e esfaqueada na Rua Muniz Falcão, no Clima Bom, em Maceió, no último domingo (25).

 Segundo informações preliminares, quatro homens abordaram Carla quando ela saia de um bar. Em estado grave, Carla passou por procedimento cirúrgico no Hospital Geral do Estado (HGE) e permaneceu internada até a quarta-feira (28), quando veio a óbito.

Segundo a assessoria de comunicação do HGE, a vítima não resistiu devido à gravidade das perfurações.Segundo o coordenador da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Fábio Costa, a investigação do caso foi transferida para a especializada e ficará a cargo do delegado Eduardo Mero que já recebeu os procedimentos relativos ao caso.

 Para Jadson Andrade, do Conselho Municipal LGBT, as entidades de defesa dos direitos da comunidade em Alagoas estão mobilizadas no caso. “Enquanto Conselho Estadual e Municipal, nós já formalizamos o contato com a Drª Bárbara que é a responsável pela região em que ela foi assassinada. Já entramos em contato com os familiares na questão do apoio para o enterro. O conselho se posiciona indignado e vamos acionar o MP [Ministério Público]”, destacou.

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