Alagoas registrou uma queda no número de casos suspeitos da gripe H1N1 este ano comparado com o mesmo período do ano passado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). De acordo com a secretaria, este ano foram 37 casos e em 2016 foram feitas 120 notificações da doença.

A Sesau informou ainda que dos 37 casos, nove já foram descartados e apenas um confirmado. Este resultou na morte de um bebê de nove meses, que teve o tipo mais grave da doença. Ainda segundo a Sesau, em 2016 houve epidemia no Estado. E que este ano ainda não, mas pode vir a ocorrer caso as pessoas não se vacinem.

A assessoria de comunicação do órgão disse que, em razão da redução dos casos, é possível que as pessoas estejam se descuidando e por isso não estão procurando os postos de vacinação. “Mas é bom lembrar que a vacina tem validade de apenas um ano. Ou seja, quem se vacinou ano passado já está desprotegido contra os vírus da Influenza”, ressaltou.

Apesar da redução no número de casos, a Sesau ressalta que a população não pode negligenciar porque o aumento dos casos ocorre justamente com o período de chuvas, por conta do aglomerado de pessoas.

O infectologista Fernando Maia disse que, apesar de não ter uma epidemia da doença, as pessoas não devem deixar de se vacinar. “Não houve epidemia. Os casos ocorreram dentro do número esperado. Talvez por isso, as pessoas estão se descuidando com a vacina. No entanto, a vacina precisa ser repetida anualmente para que as pessoas estejam protegidas contra o vírus”, explicou.

Segundo dados da Sesau, até o momento a cobertura vacinal é de 56% um total de 366.200 pessoas vacinadas e a meta do órgão é vacinar 90% do público alvo que é de 684.688 no Estado. A campanha de vacinação contra a gripe segue até a próxima sexta-feira (26), e ainda falta 36% para atingir a meta de vacinação.

MACEIÓ

Representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) acreditam que a população não está em pânico e, por isso, não vem procurando se imunizar contra a gripe (influenza).

Segundo a SMS, um reflexo disso são os dados de cobertura vacinal que apontam que no ano passado a campanha de vacinação atingiu 96,56%, enquanto esse ano em menos de uma semana para o fim da campanha de imunização a cobertura é de 53,05%.

A SMS informa que não haverá prorrogação da campanha e que as unidades de saúde e os postos volantes espalhados na capital seguem com a vacinação até a sexta-feira. O órgão salientou ainda que a capital nunca passou por período de epidemia da doença.

Segundo dados divulgados da SMS, de janeiro a maio deste ano foram registrados seis casos suspeitos da doença, mas que nenhum foi confirmado por H1N1. Já no mesmo período de 2016 houve 64 registros em suspeita.  Ainda de acordo com dados da secretaria, não houve morte confirmada pela doença na capital este ano.

De acordo com os registros da SMS, no mesmo período do ano passado houve 21 óbitos por doenças respiratórias agudas das quais sete foram confirmados para H1N1.