Cidades

Corpo de Bombeiros registra queda no número de afogamentos em 2017

De janeiro a março deste ano foram contabilizados 16 casos, contra 43 do mesmo período do ano passado

Por Tribuna Independente 17/05/2017 09h29
Corpo de Bombeiros registra queda no número de afogamentos em 2017
Reprodução - Foto: Assessoria

Apesar dos três casos registrados de afogamentos nos últimos dias, houve uma redução segundo dados cadastrados pelo Grupamento de Socorro Aquático (GSA) do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL).

De janeiro a março deste ano foram contabilizados 16 afogamentos no Estado, número inferior ao mesmo período de 2016, quando foram registrados pelo GSA 43 casos.

No entanto, o CBM/AL informou através da assessoria que ainda não foram contabilizados os casos de abril e maio. De janeiro a Dezembro de 2016 foram notificados ao CBM/AL 159 casos de afogamentos em todo o Estado.

ÚLTIMAS SEMANAS

Este ano, no dia 29 de abril, um estudante da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), identificado como José Marcos de Oliveira, de 31 anos, desapareceu quando mergulhava com amigos no Rio São Francisco, em Penedo.

“Nós recebemos o chamado perto de meia-noite. Era um grupo de estudantes de 5 a 7 pessoas que estavam acampados em uma ilha em frente ao Povoado Ponta Morfina”, contou o sargento Neri, do Corpo de Bombeiros. O corpo do universitário foi encontrado na tarde do dia 1º de maio. Os bombeiros informaram que não é comum haver casos de afogamento naquela região do rio.

Já no último domingo (14), um adolescente de 13 anos, identificado como Ryan Dias Santos, despareceu na Praia do Peba, em Piaçabuçu, no Litoral Sul, quando se banhava com amigos e familiares. O garoto entrou na água e foi levado pela correnteza segundo levantamentos feitos na região.

O CBM/AL disse que as buscas foram iniciadas ainda no domingo, mas, o adolescente não foi encontrado. Nesta terça-feira (15), equipes de salvamentos do Corpo de Bombeiros e do Grupamento Aéreo da Secretaria de Segurança Pública (SSP) retomaram as buscas. A assessoria de comunicação informou que também foi solicitada ajuda da Marinha.

No domingo um homem Identificado como Roberto, residente de Flexeiras também morreu afogado na praia de Paripueira Litoral Norte de Alagoas.

“Por nada desse mundo entro em água corrente”, diz jornalista

A jornalista Salésia Ramos disse que até hoje tem trauma de água corrente e que por nada se arriscar nesses locais.  “Até hoje tenho trauma de água e por nada desse mundo entro em água corrente ou até mesmo piscina com instrutor”, disse.

O trauma de Salésia aconteceu há 30 anos quando o irmão dela saiu de casa para pescar com os amigos em um açude e acabou se afogando. “O Joaquim ou Quinca como era conhecido tinha 14 anos quando se afogou e morreu. No final da pescaria ele tentou atravessar o açude e ficou preso na lama. Foi exatamente na tarde do dia 22 de novembro de 1986. Muitas pessoas se mobilizaram e entraram no açude. Mas, infelizmente ele já estava morto”, contou.

A jornalista explicou que como em Paulo Jacinto, agreste do Estado, não tinha socorro, o adolescente foi levado para a cidade vizinha (Viçosa).

“Ainda hoje lembro o meu pai desmaiando ao passar debaixo do arame (cerca) tentando salvar o filho. Não esqueço a cena de ver o cachorro dele (o Rex) arrodeando o açude e parando onde estava a roupa dele. Só saiu quando tiraram o Quinca. Todas às vezes que vou a Paulo Jacinto e passo próximo ao local vem um filme na minha cabeça. Também não esqueço que fui eu que o levei em meu colo até Viçosa e tive a impressão que ele tinha olhado para mim. Nem gosto de falar no caso. A lembrança e saudade são constantes. Sem contar o trauma de ver meu querido irmão saindo sem vida das águas”, relatou a jornalista Salésia Ramos.