Cidades

Mutirão de combate ao câncer de colo de útero irá beneficiar detentas em Alagoas

Exames de citologia deverão acontecer até 22 de junho, na sede da unidade prisional

11/05/2017 20h25
Mutirão de combate ao câncer de colo de útero irá beneficiar detentas em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em alusão ao dia das mães, deu início a um mutirão de combate ao câncer de colo de útero junto às mulheres privadas de liberdade do Presídio Santa Luzia. O lançamento da ação aconteceu nesta quinta-feira (11), na unidade localizada no bairro Cidade Universitária, em Maceió.

As 228 internas da unidade prisional irão fazer citologias para detectar precocemente casos de câncer de colo de útero. As coletas serão feitas nas terças-feiras e quintas-feiras, no próprio presídio, sendo 20 amostras em cada dia. As citologias serão enviadas para o Centro de Patologia e Medicina Laboratorial (CPML), onde serão feitas nas 228 internas até o dia 22 de junho. Os resultados positivos serão agendados com médicos especialistas para ser feito o acompanhamento e tratamento da doença.

De acordo com o Christian Teixeira, titular da Sesau, o mês de maio foi escolhido por existir 192 mães internas no Presídio Santa Luzia e conscientizar todas as mulheres para os cuidados que devem ter com a própria saúde. “Com o monitoramento e rastreamento teremos o diagnóstico, em tempo oportuno, o que aumenta as chances de cura. E por meio das palestras passamos algumas informações sobre a prevenção do câncer de colo de útero”, disse.

O tenente-coronel Marcos Sérgio, secretário de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), ressaltou a parceria com a Sesau, enfatizando que o melhor caminho para reduzir as mortes pela doença é a prevenção. “Essa ação mostra um novo momento para o sistema penitenciário, e é importante lembrar que a população carcerária feminina vem crescendo nos últimos anos e todo o trabalho de conscientização para as internas é bem vindo”, afirmou.

Uma das mulheres que serão beneficiadas com a realização dos exames de citologia, é a jovem Debora Renata da Silva, 24 anos, que está 30 dias reclusa e no oitavo mês de gestação. “Acho muito importante oferecer esses exames para nós que estamos no Santa Luzia, porque podemos continuar cuidando da nossa saúde. Ainda mais no meu caso, que estou grávida e não quero que nenhum problema aconteça com a minha Ana Sofia”, disse a interna, contando que  mantém o pré-natal em dia e dessa maneira espera que a criança nasça saudável.

As mulheres privadas de liberdade do Presídio Santa Luzia foram escolhidas pelos fatores de risco que as acometem, como tabagismo e infecções sexualmente transmissíveis, como o vírus HPV. Ainda durante a abertura do mutirão, as reeducandas tiveram a oportunidade de participar de uma aula de ginástica aeróbica.