Cidades

AL tem seis golfinhos mortos em uma semana e nº chama atenção do Instituto Biota

Encalhes foram registrados nos municípios de Maceió, Feliz Deserto, São Miguel dos Milagres e Coruripe

Por Tribuna Independente 09/05/2017 10h32
AL tem seis golfinhos mortos em uma semana e nº chama atenção do Instituto Biota
Reprodução - Foto: Assessoria

Seis golfinhos foram encontrados mortos desde o início do mês no Litoral alagoano. O elevado número tem chamado a atenção do Instituo Biota de Conservação. Foram encontrados três na cidade de Feliz Deserto e os demais nos municípios de Coruripe, São Miguel dos Milagres e Maceió, no bairro de Riacho Doce.

Segundo Bruno Stefanis, presidente do Instituto, o número equivale a metade da quantidade de animais encontrados durante um ano na costa alagoana.

“O estranho é que seis animais encalharam em Alagoas em quatro dias. Seis animais é a metade do que a gente tem no ano, geralmente. E isso é de se estranhar. Apenas em um conseguimos fazer a necropsia pelo fato de estar fresco e conseguirmos ter acesso a carcaça”, aponta.

Este golfinho a que se refere o biólogo foi encontrado em Coruripe, no Litoral Sul do estado, na última quarta-feira (3). Mesmo após receber cuidados e tratamento, o animal não resistiu e morreu no último domingo (7). Agora o golfinho passará por necropsia para determinar a causa da morte.

No entanto, não é possível determinar as causas das mortes dos demais animais encontrados mortos. As investigações do Instituto poderão determinar o que causou a morte do golfinho em Coruripe.

“Até o momento, não temos grandes informações em relação a isso. A gente vai tentar chegar ao diagnóstico com o que ficou vivo conosco, mas os outros a gente não tem muito o que dizer”, afirma Stefanis.

Estudo aponta necessidade de Área de Conservação Municipal em Maceió

Está em andamento um projeto de criação de uma unidade de conservação na região costeira de Maceió. A Arie Costeiro Marinha das Tartarugas foi planejada num trecho compreendido entre os bairros de Garça Torta e Riacho Doce. A área de 50,056km² será destinada a preservação e pesquisa da fauna e flora da região.

Segundo o Instituto Biota de Conservação, desde abril do ano passado os procedimentos relativos à criação da área têm sido desenvolvidos. O objetivo é criar uma unidade para “a proteção da biodiversidade, a recreação, a pesquisa, e a educação ambiental de área costeira do município”, explica o Instituto.

A Área de Relevante Interesse Ecológico ou Arie Costeiro Marinha das Tartarugas é, segundo o Biota, uma região importante para as espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção. Além disso, dispõe de serviço ambiental para vários segmentos.

“Tartarugas marinhas, aves marinhas e mamíferos aquáticos, além de diversos tipos vegetacionais do bioma Mata-Atlântica. Trata-se de região banhada por sete rios, situados entre o Riacho Garça Torta e o Rio Sauaçui, apresentando estuários, manguezais, restingas, praia e fragmentos de floresta ombrófila densa atlântica, que possuem alta importância social e econômica, visto que oferecem diversos serviços ecossistêmicos, importantes para o abastecimento de água e alimentos na região, e como fonte de renda, lazer e beleza cênica”, esclarece o Biota no estudo técnico fornecido.

Também desde o ano passado foi firmada uma parceria com a Prefeitura de Maceió a fim de garantir que o projeto seja concluído.

Bruno Stefanis diz ainda que outro processo também está em andamento na Prefeitura para a construção da sede do Instituto.

“Outro processo foi aberto pela prefeitura para a construção da nossa sede e revitalização. Ao que tudo indica já está muito próximo de sair porque o processo já está entrando na prefeitura”, explica.