Cidades

Primeiro de Maio será marcado por protestos em Maceió

Entidades sindicais reforçam necessidade de mobilização dos trabalhadores contra reformas em tramitação no Congresso

Por Tribuna Independente 29/04/2017 09h27
Primeiro de Maio será marcado por protestos em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria

No 1º de maio deste ano, Dia do Trabalhador, centrais sindicais de Alagoas voltam a se reunir em protestos contra as mudanças nas leis trabalhistas e previdenciárias, em Maceió.

Um ato está programado para a manhã desta segunda-feira, com saída do Posto 7 na praia de Jatiúca, a partir das 9h, até o Alagoinhas, na Ponta Verde.

Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a continuidade segue tendência da pauta nacional de reivindicações. Diversas entidades tiveram presença confirmada.

“Um grande ato organizado pela CUT e outras centrais sindicais como o Fórum em Defesa da Previdência. A pauta é a mesma e todos os sindicatos vinculados à CUT, movimentos de mulheres, estudantes, movimentos de luta pela terra, movimentos sociais em geral vão estar presentes no primeiro de maio”, explicou Emanuelle Wanderley, da CUT.

A sindicalista explicou que o 1º de maio servirá como reforço da mobilização de sexta-feira (28). A expectativa do movimento é que na segunda haja aumento no número de participantes.

“A luta é contra a reforma trabalhista, contra a reforma da previdência, em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Aqui em Alagoas pela luta dos servidores estaduais e municipais. A pauta nacional do dia 28 vai ser continuada no 1º de maio. Os protestos do dia 28, apesar de ser um dia útil, mas foi um dia de greve. Acredito que no 1º de maio, por ser um feriado, a adesão seja maior. Muitas categorias que não puderam parar, vão aderir”, destaca.

“Trabalhador tem pouco para comemorar”, diz presidente do Sindicato dos Bancários

Para Jairo França, presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, o Dia do Trabalhador em Alagoas será “um dia nacional de lutas”. França acredita que o trabalhador não tem muitos motivos para comemorar.

“Esse 1º de maio vai ser de lutas, pouca coisa a comemorar porque o congresso resolveu tirar os direitos dos trabalhadores. Então, as comemorações vão ser poucas. Nós vamos ter que relembrar nossas conquistas e ir à luta, vai ser um dia nacional de lutas, na verdade”, expõe.

Flávio Peixoto, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), disse que as comemorações alusivas à data devem ser concentradas em manifestar a indignação dos trabalhadores diante das reformas.

“Hoje [sexta-feira (28)] a gente tem um Congresso atrasado, que em sua grande maioria é contra o trabalhador e a gente corre contra o tempo. A gente tem que ter essa organização e essa força de ir para a rua, de lutar e protestar. Tem que ser feito de imediato, não podemos esperar. A Greve Geral, no dia 28 foi um sucesso. Essas manifestações mostram êxito e não podemos parar. Os trabalhadores precisam continuar com a luta, nas ruas, manifestando sua indignação contra as reformas”, ressalta.

Para Peixoto, o momento vivido pelo trabalhador no Brasil é delicado.

“É um momento muito difícil. Mais uma vez os trabalhadores estão sendo atacados de diversas formas com essas propostas de reforma. Por meio das centrais sindicais e dos sindicatos é que vamos denunciar isso para a sociedade e mostrar o quanto essas propostas, principalmente a trabalhista, é danosa para os trabalhadores. É o fim da Justiça do Trabalho, fim da CLT e das garantias mínimas que regem a legislação de amparo ao trabalhador no Brasil hoje.”