Cidades

Movimentos sindicais de Alagoas aderem à greve contra reformas do governo Temer

Trabalhadores se unem na luta contra a perda dos direitos trabalhistas e reforma da Previdência

Por Redação com Assessorias 28/04/2017 07h20
Movimentos sindicais de Alagoas aderem à greve contra reformas do governo Temer
Reprodução - Foto: Assessoria

Alagoas aderiu à greve geral contra as reformas da Previdência, Trabalhista e a Lei da Terceirização, propostas pelo governo Temer, nesta sexta-feira (28). Sindicatos e movimentos sociais convocaram a paralisação e, de acordo com os levantamentos da Central Única dos Trabalhadores (CUT),  cerca de 250 categorias participam dos movimentos em todo o país.

Mais de 20 categorias aderiram à greve aqui no estado.

Os rodoviários e ferroviários paralisaram as atividades nesta sexta. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de Alagoas (Sinttro), informou que todos os trabalhadores cruzaram os braços contra as reformas e em defesa dos direitos trabalhistas.

Os trens também não estarão em operação durante todo o dia.

Os aeroviários, responsáveis pelos serviços de solo, afirmam que vão parar as atividades, afetando os principais aeroportos do país. A Infraero recomenda que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas para monitorar os voos.  

As agências bancárias estarão fechadas em todo o estado e retomam suas atividades na próxima terça-feira (2).

Todas as escolas da rede pública aderiram à greve. Entre as instituições privadas, aderiram à greve o Colégio Dinâmico; Colégio Marista; Pontual; Colégio de São José; Rosa Mística; Nossa Senhora do Amparo; Colégio Santíssima Trindade; Colégio Carvalho; Colégio Omena; Colégio Batista de Bebedouro; Colégio Potencial; Colégio Laerson Rosa; Santíssimo Sacramento; Montessori; Santa Úrsula; Contato; Monteiro Lobato; Madalena Sofia; Anchieta; Colégio Interativo; Colégio Rosalvo Félix; Colégio  Mahatma; Batista Moriah; Sementes do Saber; Flor do Bairro.

Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) protestam na Avenida Fernandes Lima, na parte alta de Maceió.

O Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) informou que terá o seu atendimento suspenso nesta sexta-feira (28) devido à paralisação nacional dos servidores públicos.

O órgão ressalta que os usuários que possuem agendamentos de serviços não serão atendidos a partir de terça-feira (2), quando serão feitos encaixes das vistorias veicular no local do agendamento.

Os funcionários dos Correios, que decretaram greve por tempo indeterminado na última quarta-feira (26). As agências seguem fechadas e os trabalhadores participam da mobilização. 

Os atendimentos ambulatoriais do Hospital Universitário (HU) serão suspensos. A direção do hospital assegura que garantirá o atendimento aos pacientes internados e a todos que necessitem de atendimento de urgência e emergência, como o acaso da maternidade e Serviço de Pronto -Atendimento - Oncologia, para usuários cadastrados no HUPAA-Ufal/Ebserh.

As consultas e os exames devem ser remarcadas posteriormente no hospital. 

Reforço policial

O Comando de Policiamento da Capital (CPC) divulgou que mais de 200 policiais militares irão reforçar a segurança durante as manifestações que acontecerão em Maceió nesta sexta.

As guarnições do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) terão o apoio de agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) para coordenar o fluxo de veículos durante os eventos, bem como equipes do Centro de Gerenciamento de Crises, Direitos Humanos e Polícia Comunitária (CGCDHPC) prontas para negociarem caso haja algum tipo de bloqueio e/ou problemas eventuais. 

O Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho no Estado de Alagoas (Sindprev), informou que as atividades foram paralisadas a partir da meia-noite e devem seguir ao longo do dia. A partir das 15h, haverá uma mobilização na Praça Centenário, onde os grevistas devem seguir em caminhada até o centro de Maceió.

Além das paralisações e do grande ato, também são esperados bloqueios em rodovias alagoanas que devem ser promovidos por trabalhadores rurais.

Veja quais sindicatos vão aderir à greve:

Sind. dos Trab. da Educação em Alagoas (Sinteal) Sind. dos Trab. da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) Sind. dos Serv. Federais da Educação Profissional e Tecnológica no Estado de Alagoas (Sintietfal) Sindicato dos Professores do Estado de AL (Sinpro) Sind. Trab. Correios E Telégrafos Em Alagoas. (Correios) Sind. dos Serv. Púb. Municipais De Maceió (Sindspref) Sind. Trab. em Transporte Rodoviários em Alagoas (Sinttro) Sindicato dos Urbanitários Sindicato dos Bancários de Alagoas Sind. Nacional dos Aeroportuários - Secção AL Sindicato dos Trabalhadores Portuários de Alagoas Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindpetro/ALSE) Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Est. de Alagoas (Sateal) Sindicato dos Vigilantes de Alagoas (Sindvigilantes), Sind. dos Servidores da Saúde (Sindisaúde) Sindicato dos Servidores do IBGE Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) Sindicato da Construção Civil Sindicato dos Metalúrgicos de AL (Sindmetal) Sindicato dos Ferroviários em Alagoas Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas (OAB/AL) Todos os sindicatos rurais de Alagoas.

Centrais Já!

Apesar da paralisação nacional dos servidores públicos, as Centrais Já! de Atendimento ao Cidadão, vinculadas à Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), informa a todos os usuários que, nesta sexta-feira (28), as unidades espalhadas pelo Estado funcionarão em seus horários normais. 

A Prefeitura de Maceió informou que não irá paralisar as atividades. Mesmo com a greve convocada pelas centrais sindicais e movimentos nacionais, buscará manter os serviços à população. 

O governador Renan Filho (PMDB) pediu o bom senso dos trabalhadores para manter a estrutura do Governo do Estado funcionando nesta sexta-feira (28) e disse que espera contar com a compreensão dos servidores, já que a rede pública de saúde e educação, além das secretarias de Estado, precisam estar funcionando para atender bem à população. 

Em um breve comunicado, o Governo de Alagoas disse que as faltas não justificadas serão tratadas da "forma habitual".