Cidades

No Barro Duro, contador alimenta pombos e considera ato um ‘presente de Deus’

Maviael Zumba, natural de Monteiro-PB, mora em Alagoas desde os 11 meses de idade

17/04/2017 16h46
No Barro Duro, contador alimenta pombos e considera ato um ‘presente de Deus’
Reprodução - Foto: Assessoria

Uma foto recebida através das redes sociais levou a reportagem do Tribuna Hoje até um personagem curioso nesta segunda-feira (17). Uma grande movimentação de pombos ocorre principalmente no horário da tarde no entorno de um sítio no Barro Duro, no final da Rua Silvio Sandes Torres Junior, uma transversal à Avenida Juca Sampaio. A origem da aglomeração de pássaros acontece no sítio de Maviael Zumba que, acompanhado do caseiro Manoel, alimentam as galinhas e cachorros do sítio e, por tabela, os pombos surgem.

Natural de Monteiro, cidade do interior da Paraíba que faz fronteira com Pernambuco, Maviael Zumba veio para Alagoas aos 11 meses de idade, há mais de 70 anos. A família inicialmente se instalou em Mata Grande, cidade do Sertão alagoano, e ele saiu da roça que ficava no município quando tinha 25 anos de idade.

O sítio é de propriedade do homem há 45 anos. De acordo com ele, que é contador, apenas parte do terreno era seu no início. Porém, aos poucos, ele foi adquirindo terrenos vizinhos e aumentando o tamanho do seu terreno. “Fui comprando em pedacinho e depois murei tudo”, relatou.

O início da ‘criação’ dos animais começou com dois pombos, segundo relata o contador: “Naquela época, eu comprei dois pombinhos e criava numa casinha lá atrás, depois soltei. Ao soltá-los, eles foram chegando. Eu alimento eles com um saco de milho e xerém por semana. Para mim é um presente de Deus”, ressaltou Maviael.

Ele acredita que uns 300 pássaros surgem diariamente para se alimentar na sua propriedade. Além dos pombos, no sítio ficam sete cães e mais de 10 galinhas.

Cotidiano

A rotina de Maviael começa cedo. Nas primeiras horas da manhã, ele faz seus exercícios e depois segue ao Mercado da Produção para catar verduras que servirão de alimentação aos animais do sítio. Quando não encontra o material, ele compra.

Além de cuidar do sítio, ele toma conta do jardim de sua residência, localizada no entorno do conjunto Jardim Acácia, no bairro do Pinheiro. “Quem faz tudo sou eu, só faz outra pessoa se eu não puder fazer”, afirmou demonstrando sua proatividade.

Depois de passar a manhã no escritório de contabilidade, ele descansa após o almoço e segue até o sítio, onde fica até às cinco da tarde, realizando as tarefas com a ajuda de Manoel, quando necessário.

Vizinhança

O único vizinho encontrado pela reportagem no horário foi Irivaldo Gonçalves França. Morador de uma casa quase em frente ao sítio de Maviael há seis meses, ‘França’, como preferiu ser chamado, relatou que acha a situação normal.

Ele disse também que os pássaros surgem em grande número no horário da tarde quando o proprietário chega com o milho e xerém para alimentá-los. “É normal, desde que cheguei aqui isso acontece”, pontuou ‘França’.