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Tabagismo no trabalho: "Amigão" dos fumantes, companhia indesejada dos passivos

Pesquisa indica que 81% das empresas têm restrições para contratar fumantes. Funcionário pode ser demitido sem justa causa.

05/03/2017 11h10
Tabagismo no trabalho: 'Amigão' dos fumantes, companhia indesejada dos passivos
Reprodução - Foto: Assessoria

Muita gente nem se dá conta, mas os prejuízos do uso do cigarro vão além dos provocados à saúde: ele também pode afetar o desempenho no trabalho. Um profissional fumante perde cerca de 90 minutos por dia de trabalho entre uma tragada e outra, prejudicando a sua carreira por conta do vício. A ausência no ambiente de trabalho diminui sua atenção nas atividades do cotidiano, e consequentemente prejudica sua produtividade.

O tempo desperdiçado pelo fumo no trabalho prejudicou Gilberto Oliveira, de 48 anos, ele diz que muitas vezes, tantas que perdeu até a conta foi chamado à atenção pelo chefe e colegas de serviço por causa do cigarro. Para não perder o emprego, na função de assistente administrativo do setor pessoal de uma empresa de ônibus em Maceió, ele se estendia nos horários, e assim fora do expediente, já sem ninguém no setor abria o ‘bico’ a fumar.

(Foto: Sandro Lima)

Ele fumava cerca de meia carteira de cigarros durante oito horas de expediente, isso segundo ele, controladamente porque tinha receio de sair ainda mais para fumar durante o trabalho.

“Eram tantos cigarros, que a sala ficava infestada de fumaça, quem entrasse não conseguia identificar quem estava dentro, a vontade era tanta de tragar que preferia trabalhar fora do expediente, depois das 18h, para fumar à vontade, tinha muita dó dos meus colegas que me aguentavam”, revelou. “O vício me denegriu muito, cheguei ao fundo do poço, ao ponto da esposa e filhos não me aguentarem. Fui muito discriminado no ambiente de trabalho, e hoje sei que não fui posto para fora por piedade do meu chefe”, frisou.

Gilberto contou que foram 25 anos fumando, mas ele chegou num ponto em que deu um basta. Decidiu parar de vez porque não aguentava mais ser fumante. “Fumar era charmoso e a moda do momento. Comecei por conta da solidão, morava sozinho e o cigarro tornou-se meu melhor amigo, um amigão; era o meu alívio para as tensões, minha muleta. Usava o cigarro em todas as situações de prazer e desprazer. A sociedade ditou um ritmo forte e pesado mundialmente, e quando tudo começou a conspirar negativamente acerca do cigarro já era tarde, bilhares de pessoas já tinham pagado com a morte”, mencionou.       

O ex-fumante enfatizou que por iniciativa própria, mas por livre e espontânea pressão, começou o tratamento contra o tabagismo no dia 1º de julho do ano passado, no II Centro de Saúde, onde há um Núcleo de Combate ao Tabagismo, localizado no bairro do Poço, na capital alagoana. Ele frisou que vivia na inércia, até que um dia algo o despertou: a vergonha de si mesmo e a infelicidade de acabar com o casamento fez seu Gilberto procurar ajuda.

Dez dias depois do tratamento ele parou de fumar. “Quando me chamaram pinotei de felicidade. De 30 cigarros reduzi para oito, depois para seis, em seguida para três, isso com a ajuda de adesivos e medicação”. “Hoje graças a Deus não fumo mais, tem que ter muita força de vontade, não é brinquedo não, o fumante fica a mercê desta droga, tem que ter muito equilíbrio, perdi de ganhar muito dinheiro por causa desse desgraçado do cigarro”, desabafou.

“Fumar seis cigarros equivale quase 20% do horário de trabalho”

Atualmente seu Gilberto é comerciante tem três funcionários em seu estabelecimento, dois deles fumantes, ele conta que parece perseguição, o cheiro do cigarro atrai, mas ele está firme e forte e não pretende retornar a usá-lo. A boa notícia é que com o seu exemplo, os trabalhadores estão tomando consciência de largar o vício. “Minha experiência orienta-os sobre os malefícios do cigarro no trabalho e na saúde”, defendeu. 

A coordenadora do Núcleo de Combate ao Tabagismo, Gilda Teodósio, do II Centro de Saúde, na Praça da Maravilha, no bairro do Poço, disse que cerca de 20% dos fumantes abandonam o tratamento, e o histórico de vida segundo ela, da primeira tragada é ‘incentivada’ ao acender o cigarro de parentes.

81% das empresas têm restrições para contratar fumantes

De acordo com a Catho (site brasileiro de classificados de empregos), pausas quebram rotinas, processos e a produtividade em si, principalmente em setores que exigem análises mais estratégicas para as companhias. O índice alto revela que 81% dos presidentes e diretores de empresas têm restrições à contratação de fumantes.

Quem trabalha próximo ao tabagista também sofre as consequências, tendo em conta os efeitos da ação da fumaça no organismo, são os chamados fumantes passivos. No Brasil, uma pesquisa da Vigitel do Ministério da Saúde (MS) mostrou que, entre os fatores de risco para doenças crônicas, mais de 12% são representados por fumantes passivos nas empresas.

A pneumologista Seli Almeida menciona que os funcionários fumantes perdem entre 10 a 20 % da produtividade, geralmente por licenças devido a adoecimento, tempo dispensado para fumar. Nos últimos cinco anos, o trabalho de ‘formiguinha’ por meio de campanhas de conscientização, bem como a Lei Antifumo, trouxeram resultados ainda que inexpressivos positivos para os trabalhadores.

Segundo levantamento do MS, o número de fumantes passivos caiu 34,4% no ambiente de trabalho, entres os adultos nas capitais brasileiras.

Em 2011, a média era de 12,2% de pessoas expostas a fumaça de cigarros e outros produtos derivados do tabaco no trabalho. Segundo a Vigitel, o número caiu para 8% nestes ambientes. Entre os não fumantes, a proporção de homens que se expõe ao tabagismo passivo é 12%, enquanto entre as mulheres é de 4,6%. A frequência do fumo passivo no trabalho foi maior entre os brasileiros com idades entre 25 e 64 anos.

Para o especialista em finanças corporativas e diretor executivo do Grupo PAR, Marcelo Maron, o período fora da atividade pode até não significar muita coisa para o trabalhador, mas para as empresas representa a indicação que faltava para buscar profissionais que não fumem. Ele explicou que se o trabalhador fumar seis cigarros durante o expediente de 8 horas — três pela manhã e três à tarde, esses seis cigarros vão consumir cerca de 90 minutos, o que equivale a quase 20% do horário de trabalho.

O agente de endemias, Valter Virgílio da Silva, de 50 anos, é fumante e começou bem cedo a experimentar o cigarro, ainda criança. Ele diz que como o serviço dele é ao ar livre, não se ver em apuros quando o assunto é a discriminação; mas afirma que já foi muito criticado pelos colegas de trabalho por conta do tabagismo.

Valter faz planos para deixar o fumo, mas ansiedade é barreira (Foto: Sandro Lima)

Ele foi é enfático ao afirmar que o cigarro nunca ‘ajudou’ a reduzir a sua concentração, muito pelo contrário é o seu alívio para os momentos de estresse. No entanto confessa que muitas vezes chega a ser inconveniente suas saídas para fumar, bem como, quando entra nas casas das pessoas com o bafo do cigarro. “Atrapalha um pouco, mas não perco a produtividade por causa disso”, opinou.

Sem notar que estava sendo observado, a equipe de reportagem, flagrou Valter Virgílio acendendo pelos menos quatro cigarros numa praça que fica em frente do seu local de trabalho, isso em pouco menos de 1 hora, aliás, dentro de 30 minutos no máximo.

Abordado pela reportagem ele contou que começou a fumar com 17 anos. “Os amigos sempre se incomodaram com a fumaça e com a minha saúde. Ainda por cima tenho um agravante, porque bebo também. Nas oito horas de trabalho fumo uma carteira, que são 40 maços, é um vício destrutivo, eu sei, mas vou deixar esse miserável", ressaltou.

Valter tem planos para deixar o fumo de lado, mas diz que a ansiedade a sua principal barreira. "Estou trabalhando meu psicológico para parar em breve. Acredito que conseguirei", enfatiza otimista. Ele completou salientando que já se inscreveu no Núcleo de Combate ao Tabagismo e que espera ser chamado para o próximo grupo. "Tem que ter força de vontade, sei que prejudico a mim e aos meus, quero deixar", concluiu.

MAU QUE VEM DE DENTRO

Os perigos do cigarro vão muito mais longe do que um puxão de orelha do chefe por estar saindo demais para fumar. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA) uma pessoa tabagista tem 10 vezes mais chance de adoecer de câncer de pulmão, cinco vezes mais de sofrer infarto e duas vezes mais se ter um derrame cerebral. O maior motivo para colocar o cigarro na boca é a ansiedade, fator difícil de vencer e deixar o vício de lado. Cerca de 80% dos fumantes querem parar de fumar, mas apenas três conseguem esse feito sozinhos, de acordo com o INCA.

 

Indenização Fumantes passivos podem processar empresa

As empresas ficam na maior ‘saia justa’, de um lado não podem proibir o fumante de sair para fazer uso do cigarro, por se tratar de doença, do outro, funcionários passivos podem e, com razão, processar o estabelecimento por não oferecer local salubre.   

Em uma das inspeções realizadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) envolvendo uma grande rede de supermercados em Maceió, o procurador Rodrigo Alencar enfatizou o caso curioso de uma trabalhadora, que muito embora nunca tivesse colocado um cigarro na boca, de tanto inalar a fumaça foi detectado nicotina no exame de urina que ela fez.

De acordo com o procurador, é raro o trabalhador procurar o órgão para denunciar que está sendo prejudicado devido ao uso do cigarro, mas quando acontece o descumprimento da lei que proíbe o fumo no regime coletivo de trabalho, o MPT instaura um inquérito independentemente do tamanho da empresa, por desrespeitar a norma de saúde no ambiente de trabalho.

“É um direito indisponível, ou seja, a empresa não pode negociar e permitir que naquele ambiente seja permitido o fumo. Essa situação não pode ser objeto de negociação e o órgão atua mesmo”, alertou.

Rodrigo Alencar frisa que a empresa que permite o uso do cigarro em ambiente coletivo, se sujeita a responder por ações individuais que o trabalhador possa alegar, como: dano moral, por exemplo, pela sua dignidade ser afrontada no dia a dia, pela empresa pouco se importar com o cigarro no ambiente de trabalho.

Ele destaca também que o trabalhador pode sofrer uma indenização por danos materiais, por conta de um eventual adoecimento dele como fumante passivo. “Sabemos que a fumaça inalada é bastante nociva e inclusive cancerígena, a empresa inclusive pode ainda sofrer uma ação civil pública pelo MPT por estar negligenciando as normas de saúde e segurança no trabalho”.

IMPLICAÇÕES PESADAS

Tanto para o bolso quanto para a imagem da empresa as implicações são pesadas. Quando a informação da desobediência recai de forma que se torna pública, arranha a imagem do estabelecimento, pesando negativamente sobre ela.

De acordo com o procurador, o MPT atua de maneira proativa – sem esperar que venha a denúncia, promovendo campanhas e palestras sobre o tema. Para Alencar, inclusive a imprensa tem um papel fundamental no sentido de se interessar pelo assunto e divulgar o tema, além das parcerias com instituições que atuam no combate ao tabagismo.

RESULTADO

Como resultado do trabalho assíduo do MPT em Alagoas, foi proibido o uso do cigarro nos ambientes coletivos de trabalho, como, por exemplo, nos shoppings. O procurador explica que antes da atuação do órgão, o fumo ocorria indiscriminadamente na praça de alimentação. “Muitas pessoas evitavam frequentar o local devido a fumaça. Por esta razão, foi firmado um Termo de Compromisso com todos os pequenos e grandes centros de compras”.

“O Bompreço resistiu e não quis firma um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta, que resultou numa ação civil pública, e diante disto, toparam fazer uma conciliação; hoje conseguimos avançar bastante. Não existe mais os fumodromos, porque estudos científicos apontaram que estimulavam o uso do cigarro, por isso foi extinto da lei 9294/2006 e nos shoppings”, lembrou.

Para Rodrigo Alencar o trabalhador fumante deve ser visto como um portador de doença patológica e as empresas não podem discriminar, como se o funcionário seja indisciplinado, passível de uma punição pelas saídas durante o horário de trabalho para fumar.

“Se o trabalhador solicitar afastamento, a empresa deve afastá-lo do serviço através do auxílio doença para o tratamento. A empresa também possui poder diretivo, ou seja, ela pode dispensar aquele trabalhador que não esteja dentro da sua filosofia, que implique na produtividade podendo dispensá-lo sem justa causa”, destacou.

INCENTIVO

As empresas na visão do procurador do Trabalho, Rodrigo Alencar, devem incentivar o funcionário fumante a parar de fumar, até mesmo de forma escrita através de comunicado, memorando ou e-mail, informando da preocupação com a saúde do colaborador solicitando que ele busque serviços de apoio para deixar o vício.

Ainda conforme ele, a empresa deve destacar que não se pode fumar dentro do recinto coletivo de trabalho. “As empresas mais modernas e preocupadas com a sustentabilidade econômica têm essa preocupação com a saúde dos trabalhadores e focam no sentido de adotar programas e campanhas de incentivo contra o tabagismo”.

Há categorias que são mais afetadas pelo fumo, como é o caso dos garçons em bares e restaurantes. Segundo ele, esses são os mais atingidos. “O combate tem evoluído bastante e o descumprimento da legislação quase que não existe nestes segmentos, as pessoas se levantam e vão fumar em locais mais distantes, respeitam, no entanto sempre tem alguém que não respeitam o direito dos outros, antes de ser uma norma jurídica, é também uma norma de educação doméstica, de etiqueta, de não incomodar o vizinho de mesa ou colega”, frisou.

 “É preocupante, e pedimos a colaboração de toda a sociedade. A fiscalização não é onipresente e a gente conta com a conscientização de todos como elemento chave no sentido de colaborar e tomar para si essa responsabilidade, entender que a causa é extremamente relevante para a saúde do cidadão para que a norma seja de fato cumprida. Não estamos próximo do ideal, mas avançamos, não é tarefa fácil abolir o cigarro, o assunto interessa a todos e que deve ser abordado com mais frequência nas escolas com campanhas, inserção no currículo escolar, muitas vezes o pedido de um filho faz o pai deixar o cigarro, a mídia também exerce um poder fundamental. A indústria usa de todos os artifícios e artimanhas para seguir viciando a população, e os jovens estão mais vulneráveis ao uso que causa malefícios tremendos, e quando se der conta está viciado e não consegue mais deixar a dependência”, declarou.

Rodrigo Alencar fez uma crítica ao Governo Federal, Estado e Município no sentido de endurecer mais as políticas públicas de combate ao cigarro. Em Alagoas pouco ou quase nada se conhece sobre esse engajamento de luta contra o uso do fumo. “A maioria não sabe nem que existem núcleos de combate ao tabagismo. A gente percebe certo desprezo dos órgãos na temática”, desabafou.    

Cigarro como 'antidepressivo' para trabalhadores fumantes

 

A coordenadora do Programa de Controle de Tabagismo do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), considerado referência, em Alagoas, pelo Ministério da Saúde (MS), Seli Almeida, enfatiza que dentre as cinco mil substâncias tóxicas presentes no cigarro, a nicotina é muito conhecida pelo seu alto grau de dependência química, o que leva o fumante a ter a necessidade orgânica de fumar, como também pela dependência psicológica: o consumo de nicotina pode provocar sensações de relaxamento e tranquilidade, muitas vezes requeridas em ocasiões de estresse e pressão, como o ambiente de trabalho.

“A nicotina age em vários tipos de receptores no sistema nervoso central; no cérebro, especialmente onde ocorre a liberação de dopamina, que provoca a sensação de gratificação ou prazer”, frisou.

EMOÇÃO EM PRIMEIRO PLANO

Segundo a pneumologista Seli Almeida, recorrer a estas sensações é cada vez mais comum entre os trabalhadores que sofrem com a ansiedade causada pelo dia a dia laboral, o que torna tudo mais crítico, já que o consumo tende a aumentar à medida que o cigarro se torne um ‘antidepressivo’ diário. Além disso, o fumo pode ocasionar uma possível queda de desempenho em virtude da vontade constante de tragar, situação em que é obrigado a interromper suas tarefas para alimentar o vício.

É importante mencionar que o profissional que fuma tem maior probabilidade de obter doenças nos mais diversos órgãos do corpo humano, desde uma laringite, rinite, conjuntivite até câncer de boca e garganta, o que nos desmistifica a ideia de que somente os pulmões são afetados. “Independente da gravidade, doenças geradas pelo cigarro podem exigir que o funcionário se ausente do trabalho, afetando diretamente a sua produtividade. Não distante, a saúde dos colegas que estão expostos à fumaça também é preocupante: de acordo com o Ministério da Saúde, entre os fatores de risco para enfermidades crônicas, mais de 12% são concebidos por fumantes passivos”, relembrou.

“Dos pacientes portadores de câncer de garganta ou boca, cerca de 90% são tabagistas”, revelou a pneumologista Seli Almeida.

A pneumologista diz que apesar da Fumaça Ambiental do Tabaco (FAT), ser um problema muito danoso para a saúde, ainda é negligenciado pelos os setores públicos e privados, técnicos e políticos. “Sabemos que fumar em ambientes fechados demonstra desrespeito aos outros e também as leis. E para isso é importante que se cumpram as normas e que o processo educativo seja mais vigoroso e exigente”, reforçou.

Logo, a especialista destacou que seja imprescindível que as empresas promovam campanhas de conscientização e prevenção do tabaco para seus colaboradores, além do incentivo ao desenvolvimento de ações e programas de saúde para os funcionários que sustentam o vício pelo cigarro. Acima de poupar queda de produtividade, as organizações que apoiam a causa estão também conservando a vida de seus funcionários.

O tabagismo ainda é a principal causa de morte evitável no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), matando cerca de cinco milhões de pessoas todos os anos. No Brasil, é estimado que aproximadamente 200 mil pessoas cheguem a óbito em decorrência do tabagismo. Os cânceres de pulmão e laringe são os que mais matam no país.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que 30 % dos adultos se expõem a Poluição Tabagista Ambiental (PTA). Segundo a OMS, o tabagismo passivo pode causar os mesmos problemas que o tabagismo ativo, dentre os problemas imediatos: irritação nos olhos, sintomas nasais, cefaleia, além dos tardios como, câncer de pulmão e enfisema pulmonar.

PROGRAMA

Considerado referência em Alagoas pelo Ministério da Saúde (MS), o Programa de Controle de Tabagismo do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), coordenado pela pneumologista Seli Almeida, envolve uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos, nutricionista e educadora física na rotina de atendimento que registra mensalmente 120 novos pacientes.

O atendimento, feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é dotado de trabalho cognitivo comportamental, com realização de terapias em grupo, e de tratamento medicamentoso, este sob a responsabilidade da Secretaria de Saúde de Maceió (SMS).