Cidades

Movimento estudantil promete resposta ao aumento de tarifa em Maceió

Novo valor, em R$ 3,50, entra em vigor na próxima quarta-feira (1º)

Por Tribuna Independente 26/02/2017 11h10
Movimento estudantil promete resposta ao aumento de tarifa em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria

Inconformados com o reajuste da tarifa de transporte público em Maceió, o movimento estudantil afirma que reagirá à decisão do Conselho Municipal de Transportes de reajustar para R$ 3,50 o valor da passagem. O novo valor foi sancionado pelo prefeito Rui Palmeira, através de portaria publicada na sexta-feira (24), no Diário Oficial do Município (DOM), e começa a vigorar no dia 1º de março.

“É inaceitável que o trabalhador precise pagar isso, é uma situação insustentável. A gente vai sentar e discutir sobre o aumento da passagem entendendo que é um aumento abusivo e partir daí formular as estratégias para dar uma resposta”, afirmou Amanda Balbino, coordenadora do Movimento Correnteza.

Os grupos do movimento estudantil pretendem, na reunião, discutir a questão da mobilidade urbana. Segundo Amanda, a capital passa por um processo de ‘inchaço’ populacional, que reflete de forma direta na locomoção das pessoas. Outro ponto a ser discutido é a decisão de aumentar a passagem no período do Carnaval.

“Decidir nesse período é mais uma estratégia de golpear quem mais precisa do transporte público, uma decisão como essa que vai intervir diretamente na vida da população. Se teve tempo para resolver, se vinha discutindo desde o início do ano. É pegar a população de surpresa para impedir protestos”, expõe.

Para Amanda, falta esclarecimento por parte dos empresários de como o valor da tarifa é empregado no custeio do transporte público. Ela também criticou a não participação do movimento estudantil nas decisões.

“Todo ano quando se discute o aumento da tarifa os empresários colocam a questão da manutenção, dos custos para manter a frota na rua. Até quando esse argumento vai ser utilizado? Há dois anos nós não somos convocados para as reuniões do conselho. A gente se pergunta como está sendo controlado de fato esses impostos das empresas e como eles estão utilizando o valor da passagem? O que falta é regulamentação, maior cuidado da Prefeitura com o próprio serviço público”, reclama.

Para Pedro Paulo de Oliveira, usuário da linha Henrique Equelman/Vergel, o reajuste vai fazer diferença no orçamento. Todos os dias ele utiliza o transporte público para trabalhar e aos fins de semana para passeios.

“Somando o que vou ter que gastar a mais só para trabalhar é uma outra passagem. Isso num mês faz diferença, principalmente para quem ganha salário mínimo, que é o caso de muitos”, diz.

A Prefeitura afirmou que o reajuste foi definido com base na fórmula do índice de reajuste, composta pela Variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); Variação do preço do óleo diesel para grandes consumidores; Variação do Índice de Preços ao Produtor Amplo/Disponibilidade Interna (IPA-DI) e Índice de Preço ao Consumidor (IPC –Br/Di).