Cidades
Tombamento federal de parte de Jaraguá será remetido a Brasília até final do ano
Parceria entre Iphan e Ufal facilitou desenvolvimento de projeto que começou em 2011
Na manhã desta quinta-feira (16), o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Alagoas realizou mais uma aula fruto da parceria entra a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o órgão para dar continuidade ao projeto de tombamento federal de parte do bairro Jaraguá, mais precisamente da Rua Sá e Albuquerque e do seu entorno. O projeto está sendo desenvolvido desde 2011. Já a parceria entre Iphan e Ufal, colocada em prática em 2016, adiantou a pesquisa e a previsão é que o projeto do tombamento seja enviado até o final de 2017 para Brasília.
A técnica em Arquitetura do Iphan, Thalianne Leal, esclareceu que o trabalho de quase um ano e meio com as turmas do curso de Arquitetura e Urbanismo da Ufal termina em maio. A professora do curso, Josimeire Ferrari, tem construído a pesquisa em conjunto. A turma atual já é a terceira a participar do desenvolvimento do projeto com a coleta de dados. “Acreditamos que com essa última turma a gente consegue concluir a coleta de dados para remeter a solicitação do tombamento para Brasília”, afirmou.
A busca pelo tombamento federal é um reconhecimento a mais para o bairro, segundo Thalianne. Já que a região já é tombada a nível estadual. “O tombamento federal diz que aquele bem tem valor para o país. Você torna a área mais suscetível a investimentos, para turismo, outros tipos de ações. Porque você tem uma visibilidade de ser conhecido a nível nacional, vira motivo de atração”, destacou.
(Foto: Sandro Lima)
Thalianne Leal ressaltou que ajuda da Ufal acelerou processo
Ao ser enviado para Brasília, o projeto passa por diversas análises e, se aprovado, será o primeiro tombamento federal em Maceió. “Aí a gente aguarda o sim de Brasília. Depende muito se o material foi amarrado. Como a gente está tendo esse apoio grande da universidade, então acreditamos que o trabalho está ficando legal, estamos contando com a participação de outras entidades nesse suporte. Tem tudo para ser tombado e por Jaraguá ter sido tão representativo, acredito que tenha relevância grande”, pontuou a arquiteta.
A federalização também deve ajudar na fiscalização já que o Iphan é localizado na Sá e Albuquerque. Thalianne crê que as legislações federais facilitam a atuação do Iphan, mas que mesmo sendo federal a dificuldade para fiscalizar é de todos os órgãos culturais. A aposta é que a região tenha uma gestão compartilhada já que estaria tombada nas três instâncias (municipal, estadual e federal).
Não existe uma data prevista para que o tombamento aconteça. “Quando chega em Brasília, tem a dificuldade porque tem outros bens na fila para serem analisados. O conselho consultivo que é formado por especialistas de diversas áreas se reúne só quatro vezes ao ano em Brasília. E cada reunião tem sua pauta. Com o projeto enviado, entramos nessa fila. Depende muito de lá”, encerrou Thalianne.
(Foto: Sandro Lima)
Área delimitada em rosa é o perímetro do tombamento estadual. Área em verde é projeto do tombamento federal
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