Cidades

Vendas de velas e flores geram lucro para comerciantes no Dia de Finados

Além desses produtos, trabalhadores instalados na entrada dos cemitérios oferecem ainda água mineral e lanches

Por Tribuna Independente 02/11/2016 15h47
Vendas de velas e flores geram lucro para comerciantes no Dia de Finados
Reprodução - Foto: Assessoria

A movimentação já era intensa na terça-feira (1º) por parte dos comerciantes que aproveitam para faturar com a venda de flores e velas nas portas dos cemitérios de Maceió. Muitos dos vendedores ambulantes já ocuparam os pontos desde a última segunda-feira (31) e oferecem também outros itens, como água mineral, refrigerante e lanches. A expectativa deles é de lucro certo, a fim de descolar uma grana extra nos dias que antecederam Finados e nesta quarta-feira (2).

A ambulante Maria de Lourdes da Silva que vende há 40 anos na porta do cemitério de São José, no bairro do Trapiche da Barra, comemora os resultados. Mesmo aposentada, ela faz questão de ganhar um dinheirinho extra, oferecendo jarros de flores naturais, velas e água mineral para os visitantes. “Tudo é feito com muito amor para que os familiares comprem e enfeitem o túmulo dos seus entes queridos falecidos”, disse.

Maria Benedita Galvão comercializa seus produtos na calçada do cemitério há 30 anos. Ela, que trabalha com confecção, diz que consegue faturar cerca de R$ 1.500 vendendo flores artificiais, coroas, velas, fósforo e água mineral nestes dias. “Cheguei nesta terça-feira e passo a madrugada aqui. Aliás, monto acampamento. Só saio no final da tarde desta quarta-feira”, avisou.

Os preços são dos mais variados e cabem no bolso de todos. Um jarrinho com flores naturais custa em média R$ 10. Já o artificial R$ 6, o buquê R$ 20, coroa ou um pacote inteiro de flores R$ 30, o pacotinho de velas a partir de R$ 2,50 dependendo do tamanho.

Entre as pessoas que evitam os transtornos do feriado nos cemitérios é Jailza dos Santos e seu esposo Manoel Domingos. Eles preferem momentos de tranquilidade, sem muito tumulto. “Eu não gosto muito de ir ao cemitério no Dia dos Finados porque é lotado, você não consegue rezar direito. Eu vim nesta terça-feira para poder ficar em paz com o meu filho que faleceu há três anos”, declarou.

José Ricardo Cerqueira estava sepultando um ente querido ontem, mas afirmou que retornaria nesta quarta-feira para visitar o túmulo de seu pai. “Independente da grande movimentação consigo me concentrar e fazer orações não só pelo meu pai, mas por todos os falecidos”, mencionou.

A cultura de homenagear os mortos segue os princípios do catolicismo, no qual as pessoas vão ao cemitério, levam flores e acendem velas.

FISCALIZAÇÃO

Sobre o ordenamento de vendedores ambulantes nas calçadas e entorno dos cemitérios da capital, o supervisor de fiscalização da Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), Lorival Antônio Berto, informou que os comerciantes foram organizados por meio de cadastramento para a venda de flores, velas e outros produtos.

“Foram estabelecidos critérios para a utilização correta dos espaços com a delimitação da área que cada comerciante pode ocupar, de modo que deixem livres, no mínimo, dois metros de calçada para não atrapalhar a circulação de pedestres”, lembrou.

O cadastramento foi encerrado na última quinta-feira (27). Através de sorteio, os cerca de 40 ambulantes tiveram os espaços demarcados com as suas respectivas delimitações. O supervisor de fiscalização disse ainda que a SMCCU está “de olho”. Caso algum ambulante esteja no local de forma irregular, ou seja, sem autorização, será notificado e pagará uma multa que varia entre R$ 29 a R$ 2 mil dependendo do espaço ocupado.