Brasil
InfoGripe: casos de SRAG seguem em queda no Brasil
O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (28/11), aponta redução do número de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no agregado nacional e também na maioria dos estados do país. Na presente atualização, quatro unidades federativas ainda apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amapá (AP) e Roraima (RR) na região Norte e Distrito Federal (DF) e Mato Grosso (MT) na região Centro-Oeste. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 47, período de 17 a 23 de novembro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).
Pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella afirma que em todos esses estados onde há um aumento das hospitalizações, os casos estão concentrados nas crianças pequenas até 2 anos de idade, e sendo impulsionados principalmente pelo rinovírus. “A única exceção é o estado do MT, onde ainda não é possível determinar o vírus responsável, mas muito provavelmente pode ser o próprio rinovírus ou algum outro vírus respiratório que tambem afeta crianças pequenas, como o vírus sincicial respiratório, o metapneumovírus ou adenovírus”, informa a pesquisadora.
No geral, o rinovírus permanece como o principal vírus responsável pelos casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos, enquanto a Covid-19 predomina entre os idosos. Contudo, as hospitalizações associadas a ambos os vírus estão em tendência de queda ou estabilidade na maior parte do país.
Entre as capitais, oito apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG: Brasília (DF), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Recife (PE), São Paulo (SP). Em Fortaleza e Campo Grande, esse aumento tem prevalência nos idosos. Já em Recife, entre as crianças. Em Boa Vista, Campo Grande e São Paulo, entre crianças e adolescentes. Em Brasília, Cuiabá e Macapá, o sinal de crescimento ainda pode ser compatível com oscilação. Porém, o sinal de aumento no DF, MT e AP sugere cautela para suas capitais.
Prevalência e óbitos
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 8,5% para influenza A; 9% para influenza B; 6,3% para vírus sincicial respiratório (VSR); 40,5% para rinovírus e 27% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 12,8% para influenza A; 11,8% para influenza B; 0% para VSR; 13,8% para rinovírus; e 60,5% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Referente ao ano epidemiológico 2024, já foram notificados 161.718 casos de SRAG, sendo 75.278 (46,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório 69.437 (4..9%) negativos, e ao menos 8.292 (5,1%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado. Dentre os casos positivos do ano corrente, 17,2% são influenza A; 1,8% são influenza B; 34,9% são VSR; 26,4% são rinovírus; e 19,3% são Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 8,5% para influenza A; 9% para influenza B; 6,3% para VSR; 40,5% para rinovírus; e 27% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Referente aos óbitos de SRAG no ano corrente, já foram registrados 9.906 óbitos, sendo 5.059 (51,1%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 4.039 (40,8%) negativos, 171 (1,7%) e ao menos aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, 27,7% foram por influenza A; 2,1% por influenza B; 8,3% por VSR; 8,9% por rinovírus; e 52,2% por Sars-CoV-2 (Covid-19).
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