O corpo da mulher trans de Alagoas, morta aos 19 anos de idade, em São Paulo, será liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) na próxima segunda-feira (9) e levado na quarta (11) para a cidade de Pão de Açúcar, interior do estado.

Anna Luiza Panteleão foi assassinada em Pirapora do Bom Jesus, em São Paulo. Um jovem de 21 anos confessou ter matado a jovem e disse à polícia que, após matar ela com um golpe de canivete no pescoço, a levou para um motel na cidade vizinha.

A liberação do corpo, segundo os familiares, traz um pouco de alívio, mas, eles afirmam que esperam por justiça. “É como se não tivesse caído a ficha ainda. Não tivemos nem tempo de processar tudo que está acontecendo. Um sentimento inexplicável. O que aconteceu é inaceitável. Vamos ainda correr atrás de justiça”, ressaltou Ana Cláudia dos Santos, avó da vítima a um portal de notícia local.

O delegado que investiga o caso informou que o jovem depois de matar Anna Luiza enrolou o corpo ainda sangrando em um lençol e depois teria deixado às margens de uma rodovia.

O suspeito informou à polícia que estava trabalhando como motorista por aplicativo, quando resolveu contratar os serviços de garotas de programa. No entanto, ele afirma que não sabia que se tratava de uma mulher trans. Ele alega legítima defesa. Ela estava desaparecida há pelo menos 15 dias. O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição.

“Quando ele percebeu, desistiu do programa, e foi essa a revolta dela. Ela estaria alcoolizada, alterada, entrou em luta corporal com ele dentro do veículo e teria sacado da bolsa um canivete. E, nessa luta corporal, ele tomou o canivete e acabou dando um golpe no pescoço da vítima. Ele se dirigiu para Santana de Parnaíba, município vizinho, entrou no motel com ela morta para enrolar o corpo e depois seguiu até Pirapora, onde deixou o corpo’’, diz à polícia.