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Jornalistas unidos em defesa da profissão, do direito à informação e da democracia

Por Assessoria 21/07/2022 10h35
Jornalistas unidos em defesa da profissão, do direito à informação e da democracia
Eleições Fenaj - Foto: Divulgação

A chapa Unidade na Luta faz um chamado aos jornalistas e às jornalistas para participarem das eleições da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) de 26, 27 e 28 de julho de 2022 e se somarem à sua luta.

"Os jornalistas e as jornalistas, assim como todos os trabalhadores e trabalhadoras do país, enfrentam uma dura realidade, a mais grave desde a redemocratização. Desmonte da legislação trabalhista, violação de direitos, aumento da violência contra profissionais, achatamento salarial, precarização da profissão e disseminação de desinformação são algumas imagens do cenário de devastação das bases socioeconômicas das democracias. Como consequência, toda a classe trabalhadora brasileira está ameaçada na sua condição de sobrevivência, que exige trabalho digno e renda", enfatiza os integrantes da chapa.

"Profissionais responsáveis por levar informações seguras e corretas à população brasileira, nós, jornalistas, temos o dever profissional e cidadão de enfrentar a barbárie que está à espreita. A nossa união neste momento difícil será decisiva para impedir que setores reacionários da sociedade brasileira, impulsionados pelo governo federal e por parcelas dos governos estaduais e do Legislativo, imponham barreiras para cercear a liberdade de imprensa e o direito ao trabalho da nossa categoria", diz outro trecho da convocatória.

É com esse propósito, de lutar e encontrar caminhos para avançar na organização da profissão, que nos unimos. Jornalistas de todos os estados, das mais diversas áreas de atuação, juntamos esforços com o intuito de fortalecer a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e os Sindicatos da categoria. Mais do que nunca, precisamos de entidades sindicais fortes e atuantes.

Assumimos o compromisso de trabalhar para assegurar o Jornalismo como instrumento imprescindível de acesso da população à informação de interesse público. Para isso, precisamos lutar para requalificar o ingresso em nossa profissão com a volta da exigência de formação de nível superior específica em Jornalismo, pela melhoria do ensino de Jornalismo, contra pseudoprofissionais disseminadores de desinformação.

É urgente termos uma atualização da nossa regulamentação profissional, alinhada com a nova realidade do nosso trabalho, em que as plataformas digitais passaram a ser o principal meio pelo qual a população tem acesso a informações.

Entre as nossas prioridades, iremos colocar foco na recuperação do poder aquisitivo dos jornalistas e das jornalistas, corroído pela ganância das empresas e pelo descaso de gestores públicos. Não podemos tolerar as fraudes trabalhistas, os salários de fome, o crescente assédio nos locais de trabalho e, especialmente, as múltiplas formas de violência que se espalham por diversos setores contra jornalistas.

Os crescentes casos de discriminação, racismo, machismo e sexismo deverão ser enfrentados com a promoção de iniciativas a favor da equidade de gênero e a valorização da diversidade, com foco na maior participação de mulheres, negros e negras, pessoas com deficiência e pessoas LGBTQIA+ no meio jornalístico.

Não menos importante será a nossa atuação para viabilizar a proposta de taxação das grandes plataformas digitais, destinando recursos para um Fundo Nacional de Apoio e Fomento ao Jornalismo. A defesa da democracia, ponto de sustentação de nossa gestão, passa pela democratização da comunicação, garantindo o acesso à informação de qualidade a todas as pessoas.

Precisamos da união de todas e todos nessa caminhada em defesa dos nossos direitos!