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Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal é preso com plantação de maconha em casa

Marcelo Marinho de Noronha atua na comissão de disciplina da corporação e é ex-diretor da penitenciária do DF (PDF II); esposa e dois filhos também foram detidos

Por Texto: Marília Marques e Vinícius Cassela com G1 05/12/2020 18h48
Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal é preso com plantação de maconha em casa
Reprodução - Foto: Assessoria
O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal Marcelo Marinho de Noronha foi preso em flagrante, nesta sexta-feira (4), com pelo menos 128 pés de maconha em casa, em São Sebastião. Ele ficará detido por tempo indeterminado. A prisão é resultado de uma investigação conduzida pela Corregedoria-Geral da corporação. Marcelo atua na Comissão Permanente de Disciplina (CPD), desde maio, e já foi diretor da Penitenciária do Distrito Federal II (PDF II) e delegado-chefe da 10ª delegacia de polícia, no Lago Sul. O G1 tenta contato com a defesa dele. Segundo a polícia, a investigação teve início em outubro, após denúncias anônimas de que o delegado plantava maconha para revenda. O cultivo era feito em uma chácara, na região de Nova Betânia, em São Sebastião, no quintal da casas onde moram o delegado e a família. A esposa dele, Teresa Cristina Cavalcante Lopes, e os dois filhos, Marcos Rubenich Marinho de Noronha e Ana Flavia Rubenich Marinho de Noronha, também foram presos em flagrante. Os quatro suspeitos vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A família foi levada para o Departamento de Polícia Especializada (DPE). As penas máximas previstas para esses crimes, se somadas, podem chegar a 25 anos de prisão. 'Tecnologia avançada' Na delegacia, segundo a Corregedoria-Geral, Marcelo de Noronha disse que a plantação era para consumo próprio, entretanto, uma testemunha informou à polícia que a erva já cultivada na chácara há dois anos. "O tamanho dela [plantação] leva a polícia a acreditar que a quantidade era muito grande para uso próprio", disse a Corregedoria em nota. No imóvel, a Polícia Civil encontrou ainda uma estufa, balança de precisão e "infraestrutura tecnológica bem avançada para transformação da planta em droga". Ao todo, foram apreendidos R$ 3,5 mil em espécie. No endereço, havia 24 vasos com plantas grandes, 104 mudas e sementes da espécie cannabis. Para a polícia, a produção "pode ser muito maior do que a que estava lá". "O processo era tão avançado, que eles importavam sementes da planta de outros países na América do Sul e Europa", diz trecho da nota da Corregedoria.