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Empresa privada é a causadora de apagão no estado do Amapá, diz sindicato

Empresa privada Linhas de Macapá Transmissora de Energia – LMTE, controlada pela espanhola Isolux, seria a responsável pelo apagão

Por Ascom Urbanitários/AL 06/11/2020 17h58
Empresa privada é a causadora de apagão no estado do Amapá, diz sindicato
Reprodução - Foto: Assessoria
A responsabilidade pelo apagão causado no estado do Amapá é da empresa privada Linhas de Macapá Transmissora de Energia – LMTE, controlada pela espanhola Isolux, informou na tarde desta sexta-feira (6) o Sindicato dos Urbanitários de Alagoas. O apagão ocorre desde o dia 03 de novembro, quando um transformador pegou fogo. O apagão afetou 14 municípios e atingiu 85% da população do estado, que tem cerca de 900 mil habitantes. A previsão é que o restabelecimento das condições normais de operação no Amapá pode levar até 30 dias. Por ironia do destino, quem está socorrendo a empresa privada é a estatal Eletrobras/Eletronorte, com seus técnicos competentes, que estão fazendo todos os esforços para que os serviços sejam reestabelecidos o mais rápido possível. O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas alertou que a privatização de setores estratégicos como água e energia, apenas causam aumento de tarifas e queda na qualidade dos serviços, como está se vendo no Amapá. SOFRIMENTO DO POVO O governo da capital, Macapá, decretou estado de calamidade pública por 30 dias e alterou as regras por conta da pandemia da Covid-19, autorizando os postos de combustíveis a estender o horário de funcionamento para 24 horas por dia. Além dos danos causados pela falta de energia elétrica, os moradores têm problemas no abastecimento de água e nas redes de comunicação (telefonia fixa e móvel e internet). Quem tem condições financeiras está procurando os hotéis que têm geradores. Esses hotéis registraram lotação completa nas últimas noites. Já hospitais, unidades de atendimento de saúde e diversos estabelecimentos de serviços essenciais estão funcionando com geradores. O caos está estabelecido nas cidades. A população perdeu alimentos, não consegue ter acesso a celular, a dinheiro, pois os caixas eletrônicos não funcionam e, ainda, a combustível, pois os postos estão lotados. RESPONSÁVEIS Operador Nacional do Sistema Elétrico já abriu investigação para apurar responsabilidades pela ocorrência, com prazo inicial de 30 dias para encaminhar relatório com as conclusões à Agência Nacional de Energia Elétrica. Os resultados serão apresentados também ao Comitê de Crise criado pelo MME. O que já se sabe é que a manutenção dos transformadores cabe à empresa privada concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia – LMTE.