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ANJ define diretoria para o biênio 2020-2022 e reelege Marcelo Rech à presidência

Ao agradecer a confiança e apoio dos associados, Rech destacou alguns dos principais desafios impostos à indústria jornalística brasileira na atualidade

Por ANJ 28/08/2020 15h25
ANJ define diretoria para o biênio 2020-2022 e reelege Marcelo Rech à presidência
Reprodução - Foto: Assessoria
O jornalista Marcelo Rech, vice-presidente Editorial e Institucional do Grupo RBS, de Porto Alegre/RS, foi reeleito presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) para o biênio 2020-2022, nesta quinta-feira (27), durante reunião do Conselho de Administração recém-eleito na Assembleia Geral de Associados da entidade, realizada na mesma ocasião. Foram definidas as novas composições dos Conselhos de Administração e Fiscal e da Diretoria da entidade para o biênio 2020-2022. As reuniões aconteceram por videoconferência, seguindo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em meio à pandemia de Covid-19. Ao agradecer a confiança e apoio dos associados, Rech destacou alguns dos principais desafios impostos à indústria jornalística brasileira na atualidade. Um deles, ressaltou, é o início do debate no Brasil sobre a necessidade de as plataformas digitais remunerarem adequadamente os veículos pelo uso de seus conteúdos jornalísticos. O presidente da ANJ ainda fez referência à recém-lançada Coalizão Liberdade com Responsabilidade, formada por quase 30 entidades representativas do setor da comunicação social do país. A frente de entidades, conforme lembrou Rech, formalizou recentemente um documento junto à Câmara no qual elenca propostas ao projeto de lei de combate às chamadas fake news (PL 2630/20). A coalizão defende a necessidade de aplicação da legislação já existente no país e ressalta a importância da valorização do jornalismo profissional – o que inclui a remuneração dos conteúdos jornalísticos digitais – e da publicidade nacional. Além disso, enfatiza a obrigatoriedade da liberdade com responsabilidade e transparência total das operações on-line, o que passa pela simetria da aplicação de regras às empresas que atuam como mídia, incluindo necessariamente as redes sociais, os aplicativos de mensagens e os motores de busca. O presidente da ANJ salientou ainda o trabalho da entidade na permanente defesa da liberdade de imprensa, “que é no fundo a defesa dos jornais livres e de uma indústria de comunicação saudável e independente”. Rech disse que os jornais de todo o mundo estão em uma encruzilhada decisiva – não apenas pela sua transformação interna, mas pelo que eles representam para a civilização e as democracias. Hoje, no Brasil, as organizações jornalísticas enfrentam a soma de uma série de complexos desafios: a disrupção digital, a recessão econômica que assola o país desde 2015, a pandemia do novo coronavírus e uma gestão na presidência da República que com frequência atraca veículos de imprensa e jornalistas. “Num cenário conflagrado, nossas guaridas, mais do que nunca, devem ser os compromissos históricos da ANJ, criados e nutridos com tanta diligência pelos presidentes que me antecederam”, disse o jornalista. “Esses compromissos emanados desde a fundação da ANJ, há 41 anos, devem ser reafirmados sempre”. Ele enfatizou que os ataques à imprensa por parte daqueles que são inimigos da verdade, porém, revelam o quão relevante é o trabalho jornalístico. “Quando somos atacados, espezinhados e nossas marcas e profissionais sofrem agressões, devemos lembrar sempre de algo: a agressividade forjada pelos adversários da verdade é fruto da nossa relevância, do nosso impacto, da nossa credibilidade, do nosso compromisso em sustentar valores e princípios da imprensa livre, independentemente de governos e ideologias no poder”, afirmou. Além de Marcelo Rech, a nova diretoria é composta pelos seguintes vice-presidentes: Carlos Fernando Lindenberg Neto, o Café, da Rede Gazeta (ES); Maria Judith de Brito, da Folha de S.Paulo (SP); Álvaro Augusto Teixeira da Costa, do Correio Braziliense (DF); Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, da Gazeta do Povo (PR); Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Junior, do Correio* (BA); Francisco Mesquita Neto, de O Estado de S.Paulo (SP); Jaime Câmara Júnior, de O Popular (GO); João Roberto Marinho, de O Globo (RJ); Luciana de Alcântara Dummar, de O Povo (CE); Mário Alberto de Paula Gusmão, do Jornal NH (RS); Sylvino de Godoy Neto, do Correio Popular (SP); Walter de Mattos Junior, do Diário Lance! (RJ). No encontro desta quinta-feira, os representantes dos associados à ANJ também aprovaram os relatórios de liberdade de imprensa e de atividades do biênio 2018-2020. Veja aqui a lista completa dos presidentes da ANJ ao longo de 40 anos. Acesse aqui a nova composição da Diretoria e dos Conselhos da entidade.