Brasil

Jovem que teve couro cabeludo arrancado em kart é transferida do Recife para SP

Débora Oliveira, de 19 anos, estava internada no Hospital da Restauração, no Recife, desde o acidente, no domingo (11); Secretaria de Saúde confirma transferência

Por G1 18/08/2019 12h51
Jovem que teve couro cabeludo arrancado em kart é transferida do Recife para SP
Reprodução - Foto: Assessoria

A jovem de 19 anos que teve o couro cabeludo e parte do rosto arrancados em um acidente de kart, no Recife, foi transferida do Hospital da Restauração (HR), neste domingo (18), segundo a Secretaria de Saúde. O namorado da jovem, Eduardo Tumajan, afirmou no Instagram que estava embarcando para o estado de São Paulo com Débora Stefanny Dantas de Oliveira, de 19 anos.

"Débora está muito feliz. Se Deus quiser, ela vai conseguir retomar a vida dela. Ela está bem, está sendo acompanhada pelos médicos. Já, já, estamos em São Paulo para começar todo o tratamento que ela precisa", disse Tumajan em uma postagem na rede social, ao mostrar o avião em que estava embarcando.

A Secretaria de Saúde de Pernambuco confirmou a transferência, feita pela manhã, mas afirmou que não tinha ainda informação de para qual hospital ela foi levada.

Segundo o cirurgião plástico e especialista em microcirurgia reconstrutiva Marco Maricevich, que vem acompanhando o caso à distância, ela foi para o Hospital Especializado de Ribeirão Preto, onde vai ser recebida pela equipe do médico Daniel Lazo. O G1 tenta contato com a unidade de saúde.

Débora estava andando de kart com o namorado em uma pista localizada no estacionamento do Walmart, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, quando o cabelo, que era na altura da cintura, soltou da touca e ficou preso no motor, no domingo (11). A pele foi arrancada desde a altura dos olhos até a nuca da jovem.

A jovem foi socorrida pelo namorado para o HR. Eduardo disse que pegou "o rosto dela na mão", colocou em uma sacola e correu para levá-la ao hospital. O reimplante foi feito no atendimento de emergência. Os médicos conseguiram recuperar e reimplantar 80% da área atingida em um primeiro momento.

Após o reimplante, Débora passou por outra cirurgia para a retirada de trombos que surgiram na área do procedimento foi internada na UTI. Na quinta-feira (15), os médicos do Recife apontaram o risco de que o procedimento inicial não funcionar devido ao aparecimento de microtrombos – obstruções nas veias e artérias da área operada. O quadro clínico dela, de acordo com boletim da quinta, é estável.