Brasil

Estudante morta após 'dispensar' o ex pode ter sofrido estupro coletivo, diz polícia

Laudo confirmou violência sexual contra jovem de Apiaí, no interior paulista; Investigadores querem descobrir quantas pessoas abusaram da vítima

Por G1 03/12/2018 08h53
Estudante morta após 'dispensar' o ex pode ter sofrido estupro coletivo, diz polícia
Reprodução - Foto: Assessoria
A Polícia Civil apura se a estudante Luana Maciel dos Santos, de 16 anos, foi vítima de estupro coletivo antes de ser morta a facadas em Apiaí, no interior de São Paulo. O principal suspeito dos crimes é o ex-namorado dela, o pedreiro Josemar de Paula Siqueira, de 33 anos, que está preso. Dois comparsas dele ainda não foram identificados. O homicídio ocorreu na residência da irmã da vítima, na Rua Itaóca, no bairro Palmital. A jovem foi encontrada seminua na cama, com perfurações na região do pescoço, já sem vida. Havia sangue espalhado pela cozinha e outros cômodos do imóvel, indicando luta corporal. Toda a casa foi periciada. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) atestou que Luana foi vítima de estupro. "Houve coito anal, e foi colhido material genético para identificar se as outras duas pessoas que acompanhavam Josemar participaram", informou o delegado responsável pelo caso, Valmir Oliveira Barbosa, titular da cidade. O inquérito deve ser finalizado ainda nesta segunda-feira (3), para ser remetido ao Ministério Público. "Trabalhamos para identificar essas duas outras pessoas. Infelizmente, as imagens que temos não são nítidas. Toda a nossa equipe está empenhada nisso", disse o delegado ao G1. Josemar foi preso no mesmo dia, ainda a tempo do flagrante, mas negou qualquer participação no homicídio. "Mesmo passado uma semana do crime, ele permanece negando. Ele está detido preventivamente, e aguardamos os resultados dos exames para sanar outras dúvidas, mas tudo indica que seja ele o autor principal". O crime Antes do homicídio, a vítima estava com um rapaz em um bar quando foi vista pelo ex-namorado. Conforme apurado pela polícia, Luana e Josemar chegaram a se falar, mas não foram embora juntos. A jovem voltou para a casa da irmã, onde estava vivendo desde quando se separou do pedreiro. Foi a própria irmã da estudante quem encontrou o corpo dela ao voltar para casa. A jovem estava com perfurações no pescoço e havia sangue espalhado pela casa, em cômodos diversos, o que pode indicar, segundo a polícia, que ela tentou se defender das agressões. Policiais militares que atenderam a ocorrência foram informados por testemunhas de que o ex-namorado da adolescente, conhecido como "Baixinho", foi visto com a vítima antes de ela ser encontrada morta. Dois rapazes o acompanhavam. Siqueira foi, então, procurado pela cidade e acabou preso em flagrante. Apesar de Josemar negar o crime ao ser preso, após audiência de custódia, a Justiça decidiu por mantê-lo preso preventivamente. A suspeita é de que ele estava inconformado com o fim do relacionamento. O corpo da jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, e o preso levado à Cadeia Pública da região.