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MC Naldinho, do funk 'Tapinha', morre no Rio de Janeiro

Ele estava internado no Hospital Estadual João Baptista Caffaro, em Itaboraí. Furacão 2000 divulgou nota no Facebook e citou 'problemas graves nos rins'.

Por G 07/09/2018 19h19
MC Naldinho, do funk 'Tapinha', morre no Rio de Janeiro
Reprodução - Foto: Assessoria

O funkeiro MC Naldinho, conhecido pelo hit "Tapinha", do refrão "um tapinha não dói", morreu nesta quinta-feira (6), no Hospital Estadual João Baptista Caffaro, em Itaboraí, na Região Metropolitana da Rio. A morte ocorreu às 18h, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

De acordo com a produtora Furacão 2000, em uma nota no Facebook, ele tinha problemas renais.

A filha do cantor, Kayane Alves, também fez posts para lamentar.

"Tapinha" foi gravada por Mc Naldinho e Bella Furacão e lançada pela produtora na coletânea "Tornado muito nervoso", de 2000.

"Mc Naldinho dono de uma voz inconfundível e dos Hits mais bombados dos anos 90 faleceu nesta quinta-feira em decorrência de problemas grave nos rins. Descanse em paz, MC Naldinho! Luto no funkk", diz o comunicado da Furacão 2000.

Já Kayane publicou: "Infelizmente eu perdi você, meu pai... e só Deus sabe o quão difícil é. Lembro de quando fui te visitar e você não acreditou que eu estava ali, mas apesar de fisicamente não estar presente, você sempre esteve comigo nas minhas orações".

Em outro post, ela aparece ao lado de Naldinho em uma foto e escreveu: "em amo para sempre, meu velho".

Para Justiça, letra não incitava violência

Em 2008, a Furacão 2000 foi condenada e multada em R$ 500 mil por causa do funk "Tapinha". A ação tinha sido ajuizada em 2003 Ministério Público Federal e pela Themis – Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero. O argumento era que a música banaliza a violência contra a mulher, transmite uma visão preconceituosa e sugeria que havia mulheres boas ou más conforme a conduta sexual.

No entanto, a produtora recorreu e, em 2013, foi absolvida da decisão.

A ação também incluia a música "Tapa na cara", do grupo Pagodart, que já havia sido absolvida da mesma acusação em 2008.

Segundo o texto do tribunal, o desembargador decidiu que as faixas só poderiam ser censuradas e proibidas se causassem perigo para os outros ou configurassem abuso das liberdades de expressão artística e de atividade econômica dos artistas e empresários responsáveis pelas músicas.