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Polícia e MP-RJ prendem mulher suspeita de matar paciente em procedimento estético

Investigação levou três meses

Por G1 30/07/2018 10h03
Polícia e MP-RJ prendem mulher suspeita de matar paciente em procedimento estético
Reprodução - Foto: Assessoria
Policiais da 55ª DP (Queimados) prenderam na manhã desta segunda-feira (30) uma mulher suspeita de matar uma paciente em decorrência de procedimento estético. A polícia aponta ainda que ela usava silicone industrial. A investigação começou na 20ª DP (Vila Isabel) no dia 8 de abril, com a morte de Fátima Santos de Oliveira. Segundo a polícia, Fátima passou por uma aplicação no bumbum e teve choque séptico no Hospital do Andaraí. O laudo de necropsia confirmou que o procedimento, em que foi aplicado silicone industrial, foi a razão da morte. De acordo com o Ministério Público fluminense, Mariana assumiu o risco de matar ao realizar a aplicação da substância, mesmo sem possuir formação biomédica e, portanto, conhecimento técnico para a função. Segundo as investigações, ela também prescreveu medicações à vítima após tomar ciência das complicações provocadas pela cirurgia. Ainda segundo a denúncia, ao menos entre o fim de 2017 e março de 2018, Mariana exerceu a profissão de médica ilegalmente, sem registro profissional ou formação, aplicando silicone industrial em diversas pessoas, com o objetivo de obter lucro financeiro. A prisão aconteceu no Município de Mesquita, na Baixada Fluminense, após investigação de três meses da delegacia em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro, através da 10ª Promotoria da 3ª Central de Inquéritos. Com Mariana Batista de Miranda, os agentes encontraram uma carteirinha, válida até o fim de novembro, de um curso em Técnico de Enfermagem. Paty Bumbum enganava clientes Silicone industrial também era o material usado por Patrícia Silva dos Santos, a Paty Bumbum. Mas a mulher, que não era formada em Medicina, dizia às clientes que aplicava outro material. Paty Bumbum foi presa quarta-feira (25) e vai responder em liberdade. Informações podem ser repassadas de forma anônima pelo Whatsapp ou Telegram do Portal dos Procurados, no telefone (21) 98849-6099; pela Central de Atendimento, no (21) 2253-1177; através do Facebook; e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ.