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Ordem que resultou na morte de Vitória saiu de presídio modelo

Segundo investigadores que atuaram no caso, homem que teria dado ordem estaria preso no CDP de Sorocaba, um presídio referência em SP

Por R7 06/07/2018 21h27
Ordem que resultou na morte de Vitória saiu de presídio modelo
Reprodução - Foto: Assessoria
A ordem que resultou na morte da menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, teria saído de dentro do Centro de Detenção Provisória de Sorocaba, no interior de São Paulo. Fontes da Polícia Civil que participam da investigação informaram ao R7 que o mandante do crime estaria cumprindo pena por tráfico de drogas na unidade. Ainda segundo um dos investigadores, ele teria dado as ordens para o sequestro da irmã de uma pessoa que teria uma dívida com ele, e ordenado que fosse dado um susto na garota. Vitória acabou sendo sequestrada e morta por engano, pois seria parecida com a garota que seria a vítima original do acerto de contas. Agora, a Polícia Civil quer saber como a ordem foi dada e como este pedido teria saído de dentro do presídio — considerado um modelo para as demais unidades no Estado de São Paulo. O resultado das investigações foi apresentado ao MP (Ministério Público) de São Roque nesta sexta-feira (6) e está sob segredo de Justiça. Apenas "um susto" De acordo com informações também obtidas pelo R7, a testemunha chave do caso revelou a polícia que menina que seria o alvo da ação do traficante em uma cobrança de dívida deveria "apenas tomar um susto". Segundo depoimento desta testemunha ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o mandante seria um traficante que contratou o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes para sequestrar a irmã de um homem que tinha uma dívida de R$ 7.000 em drogas. O casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes foi questionado pela RecordTV sobre a participação no crime e alegou que não possui nenhum envolvimento e afirmam que são inocentes no caso. O advogado do casal, Jairo Coneglian, reconheceu que os dois seriam usuários de drogas, mas nega qualquer envolvimento dois dois na morte de Vitória. Já a defesa do pedreiro Júlio César Lima Ergesse, afirmou também em entrevista à RecordTV que "as provas são extremamente frágeis".