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Banhista atacado por tubarão em praia de Recife tem perna amputada

Além da amputação, equipe de traumatologia do Hospital da Restauração realizou uma série de procedimentos para garantir recuperação de Pablo Diego Inácio de Melo, de 34 anos

Por Diário de Pernambuco 16/04/2018 17h56
Banhista atacado por tubarão em praia de Recife tem perna amputada
Reprodução - Foto: Assessoria
O potiguar Pablo Diego Inácio de Melo, 34 anos, que foi atacado por um tubarão na Praia de Piedade, próximo à igrejinha da orla, em Jaboatão dos Guararapes, na tarde deste domingo (15) teve a perna direita amputada após mais de quatro horas de cirurgia com a equipe de traumatologia do Hospital da Restauração (HR). Além da amputação, o paciente precisou ser submetido a uma revascularização do braço direito e inúmeros procedimentos para tratar os graves ferimentos nos membros superiores. Após a cirurgia, Pablo foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade de saúde, onde está entubado, respirando com a ajuda de aparelhos e usando drogas vasoativas para ajudar a manter a pressão arterial. A cirurgia, que começou por volta das 16h, só foi concluída às 20h. A família de Pablo Diego, no Rio Grande do Norte, já foi avisada. O ataque aconteceu por volta das 15h e o atendimento do homem foi feito por uma equipe de oito guarda vidas, dois moto resgatistas e uma viatura do Samu. Ainda na areia, a vítima teve hemorragias contidas, sinais vitais estabilizados e foi encaminhada ao hospital. Segundo o Major Aldo Silva, chefe do Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, Pablo Diego nadava perto da linha de arrebentação de ondas e não estava em águas profundas quando foi mordido. A área na qual a vítima foi mordida é repleta de avisos sobre o perigo de ataques. Ainda não há informações sobre qual espécie de tubarão foi responsável pela mordida. Histórico de ataques O ataque deste domingo aconteceu na mesma região onde o primeiro ataque de tubarão das praias urbanas da Região Metropolitana do Recife foi registrado, ainda no ano de 1992. Na época, o crescimento de casos do tipo fez com que uma série de medidas fossem tomadas para segurança dos banhistas, entre elas, a instalação de placas de alerta e a proibição do surfe. Com este caso, sobe para 63 o número de vítimas de ataques de tubarão registradas em 26 anos na região. Vinte e quatro delas não sobreviveram aos ferimentos e morreram. O último caso de morte por ataque do tipo registrado na RMR foi da turista Bruna Gobbi, de 18 anos, em 22 de julho de 2013.