Brasil

Prédio de Cármen Lúcia em Belo Horizonte é pichado com tinta vermelha

De acordo com Supremo Tribunal Federal, ministra presidente da Corte, que não estava no local, não vai se manifestar

Por G1 MG 06/04/2018 20h48
Prédio de Cármen Lúcia em Belo Horizonte é pichado com tinta vermelha
Reprodução - Foto: Assessoria
O prédio onde a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, tem um apartamento em Belo Horizonte foi pichado com tinta vermelha nesta sexta-feira (6). A ministra não estava no local no momento do ataque. Segundo relatos de vizinhos, quatro ônibus teriam parado no local e pessoas mascaradas desceram do veículo e jogaram a tinta no edifício. A Polícia Militar (PM) informou que foi chamada por volta das 16h. Quando chegaram ao local, os policiais não encontraram mais ninguém envolvido na ocorrência. A assessoria do STF confirmou que a ministra tem um apartamento no prédio e que fica no imóvel a cada 20 dias, quando vem a Belo Horizonte. Segundo o Supremo, Cármen Lúcia não vai se manifestar. Em uma rede social, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) assumiu a autoria do ataque em conjunto com o Levante Popular da Juventude. No post, o movimento disse que cerca de 450 integrantes chegaram por volta das 16h20 em frente ao prédio da ministra. No texto, ele descreve que "foram atiradas bombas de tintas e feitas pichações nos muros e calçadas do prédio onde a golpista reside numa cobertura". O MST ainda declarou no post que "assistimos essa semana que o Supremo é tão golpista quanto Temer", referindo-se ao julgamento do pedido de habeas corpus, impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A votação na Corte Suprema ficou em 6 a 5 contra Lula, sendo que a presidente deu o último voto. Um prédio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também foi pichado, com críticas ao presidente Michel Temer (MDB) e ao juiz Sérgio Moro. Procurado pelo G1, o órgão disse que não vai se manifestar. A Polícia Civil informou que vai investigar o ataque. Segundo a corporação, uma equipe foi ao local. Uma vizinha da ministra, moradora do prédio, disse que a limpeza do prédio será feita neste sábado (7). Disse ainda que a Polícia Federal (PF) também foi acionada para investigar o ataque. De acordo com o delegado José Luiz Quintão, a perícia da Polícia Civil já havia sido feita no local no início da noite. Ele explicou que a PF também chegou a ser chamada por se tratar de uma ministra do STF, mas confirmou que as investigações vão ficar a cargo da Polícia Civil. Segundo Quintão, a corporação já está com as imagens dos autores do ataque, que, segundo o delegado, podem responder por vandalismo e vandalismo contra prédio público.