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Corpo de menino atingido por tiro na cabeça no Cantagalo, será enterrado nesta segunda

Menor de 17 anos teria emprestado arma para o menino Marlon de Andrade, de 10 anos

Por G1 26/02/2018 09h54
Corpo de menino atingido por tiro na cabeça no Cantagalo, será enterrado nesta segunda
Reprodução - Foto: Assessoria
O corpo do menino Marlon de Andrade, de 10 anos, morto com um tiro na cabeça no Morro do Cantagalo, Zona Sul do Rio, no último sábado (24), será enterrado nesta segunda-feira (26). O velório acontece na Associação de Moradores da comunidade e o enterro será no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Um menor de 17 anos foi apreendido ainda na noite de sábado (24) por suspeita de emprestar a pistola 9 mm que matou o menino. Ele foi agredido por moradores e resgatado por policiais da UPP Pavão Pavãozinho e da 13ªDP (Copacabana). Após a apreensão, o adolescente foi levado para a 12ª DP (Copacabana) onde prestou depoimento. Em seguida, foi encaminhado ao Hospital Miguel Couto por causa dos ferimentos. Após a alta, ele será levado para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA). De acordo com informações da 13ªDP, o menor apreendido tem passagens por trocar tiros com policiais da UPP e já foi apreendido por crime análogo a roubo. Ele afirmou que deixou a arma em uma laje e, quando voltou, duas crianças estavam mexendo no armamento. Não se sabe ainda se ele chegou a atirar na criança ou se a arma disparou quando ele tentava recuperá-la. De acordo com a UPP da área, não havia confronto entre criminosos e PMs na região. Menor que emprestou arma já havia sido detido O menor apontado pela polícia como sendo o dono da arma que matou Marlon é dono de uma longa ficha de delitos. Ele apareceu em reportagem do Jornal Nacional sobre roubos realizados por uma quadrilha com a ajuda de vendedores na Praia de Copacabana, em maio do ano passado. A investigação do caso, feita por agentes da 13ªDP (Copacabana), durou seis meses. Em depoimento neste domingo, o menor disse à polícia que o disparo que matou Marlon foi acidental. Quando foi apreendido por crime análogo a roubo, em 2017, ele era suspeito de outros três crimes. Em 2016, por tentativa de homicídio por ter atirado contra policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Pavão-Pavãozinho e por associação ao tráfico de drogas. No ano seguinte, ele também foi enquadrado por posse de arma de fogo. Aos policiais, o adolescente de 17 anos afirmou que, após ser apreendido pelos crimes na Praia de Copacabana, passou 45 dias cumprindo pena.