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São Paulo registra mais três mortes por febre amarela

Vítimas de Atibaia são um jovem de 22 anos e um idoso de 89 anos

Por Agência Brasil 09/01/2018 21h35
São Paulo registra mais três mortes por febre amarela
Reprodução - Foto: Assessoria
Mais três mortes por febre amarela silvestre foram confirmadas nesta terça-feira (9) no estado de São Paulo. Duas mortes ocorreram em Atibaia e foram confirmadas pela prefeitura da cidade. A terceira vítima tinha 48 anos e estava internada no Hospital Leforte, no bairro da Liberdade, no centro da capital paulista. As vítimas de Atibaia são um jovem de 22 anos e um idoso de 89 anos. As amostras dos pacientes foram coletadas nos dias 28 e 31 de dezembro e a confirmação de que eles estavam com febre amarela ocorreu somente hoje. Atibaia A estância de Atibaia faz limite com o município de Mairiporã, onde três mortes por febre amarela foram confirmadas neste início de ano. Com isso, já são seis os óbitos confirmados para febre amarela silvestre neste início do ano em todo o estado. A prefeitura de Atibaia informou que, no ano passado, 95.341 pessoas foram vacinadas na cidade. A Secretaria de Saúde do município continua alertando as pessoas que ainda não se vacinaram para que procurem as unidades de saúde e busquem a imunicação. A meta da prefeitura é vacinar 100% da população. “Com a ocorrência de macacos positivos, foram realizadas medidas intensivas para alcançar, em curto espaço de tempo, a melhor cobertura vacinal possível, razão pela qual foi ampliado o horário de atendimento em algumas unidades de saúde, realizadas ações de vacinação em feiras noturnas e eventos e campanhas em empresas, com grande número de funcionários. Um total de 95.341 mil pessoas foram vacinadas ao longo de 2017. Desde 2007, já são 104.032 mil imunizados, ou 75,17% da população de Atibaia”, disse a prefeitura. Segundo a Secretaria de Saúde de Atibaia, as mortes e a ocorrência da doença em macacos confirmam que o vírus está em circulação. De acordo com a prefeitura, no começo de 2017, apenas municípios vizinhos a Atibaia registraram morte de macacos, mas, em setembro, surgiram os primeiros primatas mortos nas matas da cidade: 37 com morte confirmada por febre amarela. “Os primatas atuam como bioindicadores, possibilitando a identificação de áreas de risco de contaminação pela doença – que se dá pela picada do mosquito Haemagoguse Sabethes (transmissor) em macacos e em humanos”, explicou a prefeitura. Na febre amarela silvestre, os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem nas matas, transmitem o vírus, e os macacos são os principais hospedeiros. Esses mosquitos picam o macaco contaminado e transmitem o vírus a uma pessoa suscetível, que não foi vacinada e que adentra uma área silvestre. Já a febre amarela urbana, que não existe no país desde 1942, é transmitida quando o mosquito urbano, o Aedes aegypti, pica uma pessoa doente e depois outra pessoa suscetível, transmitindo a doença. A prefeitura de Atibaia informou que vai intensificar a vacinação na cidade, principalmente em áreas próximas a matas e com incidência positiva de macacos. E alertou as pessoas que têm hábito de circular em áreas de risco fazendo trilhas e acampamentos e frequentando cachoeiras, para que se vacinem contra a febre amarela e usem repelentes. São Paulo A pessoa que morreu hoje em São Paulo deu entrada no Hospital Leforte na última sexta-feira (5), com diagnóstico confirmado de febre amarela. O paciente foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI), mas o caso evoluiu para falência múltipla de órgãos, disfunção renal grave e choque séptico, informou a assessoria do hospital. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde de São Paulo, 16 casos de febre amarela silvestre foram registrados na cidade desde o início de 2017. Todos esses casos, informou a secretaroa, foram importados de outros estados ou municípios: 10 de Minas Gerais, um de Monte Alegre do Sul, quatro de Mairiporã e um de Atibaia. Não houve, até este momento, registro de febre amarela autóctone (contraída no próprio município) na cidade de São Paulo. A secretaria municipal informou ainda que, desde outubro, a vacinação contra a doença foi intensificada na zona norte da capital. Até agora, 1.139.871 pessoas foram vacinadas. Na zona sul e no distrito de Raposo Tavares, na zona oeste, também houve vacinação. Nesses locais, foram vacinadas, respectivamente, 214.705 e 15.344 pessoas.