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Paulo Maluf chega ao IML de Brasília para exames antes de ir à prisão

Deputado foi condenado pelo STF em maio e ministro Edson Fachin determinou cumprimento da pena de 7 anos e 9 meses

Por Texto: Alessandra Modzeleski com G1 22/12/2017 16h24
Paulo Maluf chega ao IML de Brasília para exames antes de ir à prisão
Reprodução - Foto: Assessoria

Veja no vídeo acima o momento em que o deputado Paulo Maluf (PP-SP) chegou ao Instituto Médico Legal (IML) de Brasília, nesta sexta-feira (22), para fazer o exame de corpo de delito.

Após o exame, Maluf será levado ao Complexo Penitenciário da Papuda, onde cumprirá a pena à qual foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O deputado desembarcou na capital por volta das 16h10 desta sexta. Ele estava preso em São Paulo desde quarta-feira (20), quando se entregou à Polícia Federal (PF).

Maluf foi condenado pelo STF em maio deste ano a 7 anos e 9 meses de prisão por lavagem de dinheiro no período em que ele foi prefeito de São Paulo (SP).

Na última terça (19), o ministro do STF Edson Fachin determinou o "imediato início" do cumprimento da pena, em regime fechado.

A defesa dele pediu ao Supremo que suspendesse a prisão, mas, nesta quinta (21), a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, rejeitou o recurso.

Diante da decisão do Supremo, a diretoria-geral da Câmara dos Deputados determinou a suspensão dos salários e benefícios pagos ao deputado.

Prisão na Papuda

Maluf vai cumprir pena em uma cela de 30 m² com capacidade para abrigar até dez pessoas. O local conta com camas do tipo beliche, chuveiro e vaso sanitário.

O parlamentar vai ficar na Ala B do bloco 5 do Centro de Detenção Provisória (CDP), onde também está o ex-senador Luiz Estevão.

Esta ala reúne detentos que precisam ficar em locais específicos, como ex-policiais, idosos, políticos e quem tem ensino superior completo. Assim como outros detentos, Maluf terá direito a quatro refeições diárias (café da manhã, almoço, jantar e lanche noturno) e duas horas de banho de sol.

Ele poderá cadastrar até dez pessoas para visitá-lo: nove familiares e um amigo. Nos dias de visitas, só os quatro primeiros que pediram para vê-lo poderão entrar. Advogados têm acesso a qualquer momento.

No mesmo bloco do CDP também está detido o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Mesmo estando "perto" um do outro, os dois não irão se ver porque detentos de alas diferentes não se encontram no banho de sol.