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Quadrilha chefiada por preso cobrava mensalidade de traficantes alvos de operação no MT

Polícia cumpriu 24 mandados de prisão e entre os presos está o responsável por cadastrar as bocas de fumo e arrecadar o dinheiro

Por G1 12/12/2017 14h45
Quadrilha chefiada por preso cobrava mensalidade de traficantes alvos de operação no MT
Reprodução - Foto: Assessoria

O chefe da quadrilha de tráfico cobrava mensalidade dos traficantes que são alvos da Operação Babilônia, realizada pela Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE), nesta terça-feira (12). Ele monitorava de dentro da prisão o comércio de drogas na periferia de Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital. A mensalidade era de R$ 5 mil para cada boca de fumo.

O delegado Rodrigo Azem afirmou que o dinheiro da mensalidade paga ao chefe da quadrilha era enviado para o presídio e era usado para a manutenção das bocas de fumo. "Foram sete meses de investigação e as informações chegavam por meio de denúncias para que pudéssemos identificar os criminosos que atuavam no comércio de entorpecentes", afirmou.

Foram cumpridos 24 mandados de prisão preventiva e apreendidos mais de 10 kg de droga.

Na casa de um dos suspeitos, que, segundo a polícia, era responsável por aliciar os jovens para o tráfico e arrecadar o dinheiro e levar ao chefe da organização, foi encontrada uma contabilidade e R$ 5 mil em dinheiro. A casa dele fica no Bairro Pedra 90, em Cuiabá.

Ronaldo Nonato, conhecido pelo apelido de Gordão, tem exerce grande influência sobre os demais traficantes, considerados ‘menores’ e fazia o cadastramento das bocas de fumo no bairro.

Os investigados movimentavam o comércio de drogas em bairros periféricos, como o Pedra 90, Tijucal, Osmar Cabral e região. Do total de mandados, 90% estão direcionados a pontos de distribuição de entorpecentes de Cuiabá. Os demais são para algumas localidades de Várzea Grande.

A investigação começou a partir de denúncias que evoluíram para apreensões de drogas, prisões de traficantes e detenções de usuários. No total, foram criados 15 inquéritos e termos circunstanciados de ocorrências.

A investigação identificou a existência de membros que desempenham funções específicas. O comércio de drogas objetiva angariar lucros, meio de vida para sobrevivência de traficantes, que com a venda de drogas fomentam diversos crimes como roubos, furtos e homicídios.