Brasil

PM faz operação no Vidigal, Rio, após policial ser baleado na favela

Protesto em Copacabana pede defesa às vidas dos policiais. Militar, o 91º a ser morto no RJ, chegou a ser socorrido para unidade de saúde, mas não resistiu ao ferimento

Por G1 23/07/2017 10h53
PM faz operação no Vidigal, Rio, após policial ser baleado na favela
Reprodução - Foto: Assessoria

Homens do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do Batalhão de Operações Especiais, o Bope, ambos da Polícia Militar, foram acionados para a Favela do Vidigal, no Leblon, Zona Sul do Rio.

A operação teve início após um policial ser baleado durante confronto na comunidade na madrugada deste domingo (23). Socorrido para uma unidade de saúde, o militar não resistiu ao ferimento e morreu.

O sargendo Hudson Silva de Araújo patrulhava uma das principais vias da comunidade quando foi baleado na troca de tiros. O PM chegou a ser socorrido por outros policiais para o Hospital Miguel Couto, também no Leblon, foi operado às pressoas, mas morreu na mesa de cirurgia.

Por enquanto, o corpo do PM continua no Miguel Couto e, mais tarde, ainda nesta manhã, será encaminhado ao Instituto Médico Legal.

Protesto pede fim de mortes

Enquanto homens da PM começavam a ocupar o Vidigal, parentes de policiais organizaram protestos, em todo o Brasil, em defesa da vida dos agentes. No Rio, a concentração dos familiares teve início no Posto 5 da Praia de Copacabana. Por volta das 10h, os manifestantes estenderam faixas e pretendiam fazer uma caminhada.

Rogéria Quaresma é mulher de um policial militar e disse que fica desesperada toda vez que seu marido sai de casa para trabalhar. Ela faz parte do grupo "Somos Todos Sangue Azul", que é composto por familiares de PMs e apoiava o ato deste domingo.

"Eu me sinto desesperada porque eu sei que meu marido pode ser o próximo. Eu não aceito ser a próxima viúva, não aceito isso para a minha família, não aceito isso para mim", disse.

"A gente está querendo que o governo olhe pelos nossos policiais, que de uma resposta a essa situação, a gente não pode mais aceitar isso. Não pode morrer e ficar por isso mesmo. Todo dia é uma família destruída, família sofrendo. São filhos sem pai, mãe sem seus filhos. Essa situação a gente não pode aceitar", acrescentou.

91 PMs assassinados

O sargento é o 91º PM morto no Rio em 2017. No Rio de Janeiro, a média chega a um policial morto a cada 54 horas no estado.

No sábado (22), foi enterrado o corpo do policial militar Fabiano de Brito Silva, de 35 anos, morto na sexta (21) durante uma tentativa de assalto na Baixada Fluminense.