Circula pelo Facebook a notícia de que uma jovem que tatuou o nome da ex-presidente Dilma Rousseff nos braços faz agora uma vaquinha para remover as inscrições. Não é verdade.

A notícia falsa diz que ela se arrependeu das tatuagens (uma em cada braço) e iniciou uma campanha na internet para fazer uma cirurgia e apagá-las.

Em entrevista ao G1, Carolina Duarte, de 21 anos, diz que não está fazendo nenhuma vaquinha e que não tem intenção de remover as tatuagens, que ela tem desde os 18. "Tenho a mesma convicção de quando fiz essa tatuagem e bastante orgulho de ter feito", afirma.

Estudante do magistério, dirigente partidária e filiada ao PT, ela diz que fez as inscrições (uma com o nome e outra com a assinatura de Dilma) como homenagem à primeira mulher presidente da República no Brasil. Também adotou publicamente o sobrenome Rousseff, com o qual concorreu a uma vaga na Câmara Municipal de Porto Alegre nas eleições de 2016. Ela teve 423 votos e não foi eleita, ficando como suplente.

Essa não é a primeira vez que circulam boatos sobre a remoção da tatuagem. Segundo ela, no ano passado, a notícia falsa também circulou em vários sites. "Neste ano, estou sendo pega de surpresa", conta.

Uma das explicações para o boom de compartilhamentos agora é o paralelo com a vaquinha feita para remover a tatuagem de um adolescente do ABC que foi torturado e teve a frase "Eu sou ladrão e vacilão" colocada na testa.

Carolina critica o teor das mensagens que ela viu no ano passado. "Achei bastante ofensivas. Usaram a minha imagem sem a minha autorização. Estou bem disposta a processar os responsáveis por isso. Alguém pode estar arrecadando dinheiro com isso", afirma.

A falsa notícia que circula atualmente, apesar de ilustrada com a foto de Carolina, cita outro nome para a jovem (Patrícia). O texto diz que ela fez a tatuagem antes de Dilma sofrer o impeachment e que, no momento, está desempregada e decepcionada com a ex-presidente, mas que não descarta fazer uma nova tatuagem com o nome de Lula, porque ainda tem esperanças nele.

É ou não é?’, seção de fact-checking (checagem de fatos) do G1, tem como objetivo conferir os discursos de políticos e outras personalidades públicas e atestar a veracidade de notícias e informações espalhadas pelas redes sociais e pela web. Sugestões podem ser enviadas pelo VC no G1, pelo Fale Conosco ou pelo Whatsapp/Viber, no telefone (11) 94200-4444, com a hashtag #eounaoe (caso prefira, a hashtag pode ser enviada logo após a mensagem também!)