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Arábia Saudita, Emirados, Bahrein, Egito, Iêmen e Líbia cortam vínculos com o Qatar
Medida foi tomada após o país demonstrar apoio a atividades terroristas. Todos os portos de entrada com a Arábia Saudita foram fechados.
Seis nações árabes anunciaram nesta segunda-feira (5) que cortaram as relações diplomáticas com o Qatar, acusado de criar instabilidade na região do Golfo Pérsico, ao apoiar grupos terroristas. Líbia, Iêmen, Egito, Arábia Saudita, Bahrein e os Emirados Árabes Unidos quebraram os vínculos com a península dias após a visita do presidente dos EUA Donald Trump à região.
Segundo as agências de notícias, cidadãos do Qatar têm 14 dias para deixar Egito, Arábia Saudita, Bahrein e os Emirados Árabes Unidos, que anunciaram o fechamento das fronteiras nas próximas 24 horas.
Os Emirados Árabes deram prazo de 48 horas para que diplomatas do país deixem o Qatar. Abu Dahbi acusa Doha de dar suporte ao terrorismo, ao extremismo e dar voz a organizações sectárias.
Todos os portos de entrada entre a Arábia Saudita e o Qatar foram fechados, segundo uma agência de notícias estatal da Arábia Saudita. Segundo o comunicado, a atitude foi tomada para "proteger a segurança nacional dos perigos do terrorismo e do extremismo".
Após o anúncio do rompimento das relações diplomáticas, a Qatar Airways suspendeu todos os voos para a Arábia Saudita, segundo a France Presse.
No final do mês passado, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito já haviam bloqueado vários meios de comunicação do Qatar, incluindo a rede Al Jazeera, após comentários feitos pelo emir Sheikh Tamim Al Hamad Al Thani.
Al Thani saudou o Irã como um "poder islâmico" e criticou a política do presidente dos EUA, Donald Trump, em relação à Teerã.
As mudanças ocorrem apenas alguns dias depois da vista de Trump à capital da Arábia Saudita, onde se dirigiu a 55 líderes muçulmanos em um discurso histórico, influenciando-os a duplicar os esforços para combater o terrorismo.
Reação
O ministro do exterior do Qatar afirmou que a decisão dos países em cortar laços diplomáticos é 'injustificada', segundo a agência Reuters. "São baseadas em reivindicações alegações que não têm base de fato", disse o ministro.
O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse em Sidney, na Austrália, onde está em visita oficial, que a decisão dos países árabes pode ter um efeito significativo para a luta contra o terrorismo.
Um alto funcionário iraniano disse que a decisão de alguns estados árabes do Golfo e do Egito de separar os laços diplomáticos com o Qatar não ajudaria a acabar com a crise no Oriente Médio.
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