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Análise da Fiocruz aponta que 5 macacos mortos no Rio não tinham febre amarela

Segundo secretaria, não há evidência da circulação do vírus na capital, já que não há casos da doença confirmados em macacos ou humanos. Amostra de instituto no Pará havia dado positivo.

Por G1 21/03/2017 08h22
Análise da Fiocruz aponta que 5 macacos mortos no Rio não tinham febre amarela
Reprodução - Foto: Assessoria

cretaria de Estado de Saúde informou que recebeu nesta segunda-feira (20) os resultados dos testes realizados em amostras de cinco macacos mortos. A análise da Fiocruz indica que as amostras apresentaram resultados negativos para febre amarela, ao contrário de teste realizado no Instituto Evandro Chagas, no Pará.

As amostras de quatro micos e um macaco-prego foram coletadas em outubro de 2016, e os macacos foram achados em diferentes pontos do município do Rio, nas zonas Sul (Jardim Botânico, Gávea e Copacabana) e Norte (Manguinhos e Engenheiro Leal).

A instituição realizou testes de imunohistoquímica – técnica que busca a presença de antígenos na amostra – uma das técnicas utilizadas para diagnóstico da doença tanto em humanos quanto em animais.

Segundo a secretaria, "não há qualquer evidência da circulação do vírus da febre amarela no município do Rio de Janeiro, onde não há casos de febre amarela confirmados - seja em macacos ou em humanos".

Os exames realizados na Fiocruz tiveram resultados diferentes de exames feitos pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará. Na semana passada, o diretor do instituto garantiu não haver dúvidas de que os macacos tinham febre amarela. O Evandro Chagas, que é referência na pesquisa da doença no país realizou o mesmo tipo de exame que a Fiocruz nas amostras dos macacos.

A declaração do diretor do instituto afirmou na época que foram cinco exames positivos.

"Nós tivemos cinco exames positivos pra febre amarela nos macacos vindos do Rio de Janeiro, Três de um lote e dois de outro. E são resultados que eu diria que não resta dúvida por conta do exame de imunohistoquimica é muito especifica e a presença de antivirais é facilmente visualizada no microscópio ótico.

Segundo a secretaria de Saúde, os resultados foram inconclusivos e, por isso, a análise foi conduzida à Fiocruz, a pedida do governo do estado.

Dois casos de febre amarela no estado

Na quarta-feira (15) foram confirmados os dois primeiros casos de febre amarela silvestre com transmissão dentro do Estado do Rio de Janeiro, desde a notificação dos primeiros casos em humanos em Minas Gerais.

A Secretaria Estadual de Saúde também confirmou que um dos casos confirmados foi o de Watila Santos, de 38 anos, que morreu no dia 11. Alessandro Couto está em internado no Hospital dos Servidores do Estado, na capital. Ambos contraíram a doença em Casimiro de Abreu, no interior do estado.

Vacinação

A vacinação no Rio só começa na segunda feira (27), quando o número de postos vai ser ampliado. Até lá, as autoridades reforçam que a prioridade na vacinação é pra quem vai viajar pra áreas de risco. Desde a semana passada, longas filas têm se formado nos postos que oferecem a vacinação regularmente.

No total, 64 municípios do estado estão com esfoço de vacinação. Entre eles, estão Petrópolis, na Região Serrana, Cabo Frio, na Região dos Lagos, e Magé, na Baixada Fluminense.